Em conversa com o único português que conheco por estas paragens discutia o recente acidente da IP4, onde um azarado levou com um viaduto em cima e já não chegou a casa. A minha primeira pergunta, sem voz foi, qual a probabilidade de isto acontecer?
De seguida, diz-me este meu amigo que a pessoa que morreu nesse acidente era um amigo dele. Repeti a pergunta. Qual a probabilidade de algo tão bizarro acontecer, num momento em que passa um carro e tu conheceres a pessoa que viaja lá dentro?
Bom…se a matemática não me falha é mais provável ganhar a lotaria.
Depois de abordada a calamidade e os sentimentos que isso gera, fui para casa, a conduzir e a pensar na vida como uma expressão matemática.
Bem vistas as coisas, tudo, mas rigorosamente tudo que nos rodeia pode ser encaixado num modelo matemático. O caso das estradas é particularmente assustador.
Em Portugal todos os dias acontecem acidentes nas estradas. Não faco ideia se todos os dias alguém morre na estrada, mas se o drama não é diário, deve acontecer de 2 em 2 dias ou coisa do género.
Ou seja, traduzindo esta estatística para o mundo real, significa tão só que todos os dias, ou de dois em dois dias, dos milhares de portugueses que andam na estrada, um pelo menos vai morrer. Todos nós que vamos de manhã a conduzir para o trabalho entramos de imediato na lista de candidatos a não regressar. Isto assusta-me particularmente. É que se há coisa que não falha nesta vida é a matemática.
Comecei então a pensar na realidade sueca, aquela onde me desloco. A estatística por estes lados é mais amiga, mas também não falha. Nos 1000km que faco semanalmente ainda não consegui por uma vez a encontrar a “estrada limpa”. Há sempre alguém que se espalha. Diga-se em abono da verdade que o caminho entre as duas principais cidades suecas é uma esfrega das antigas. Parece-me no entanto que como há algum respeito pelos limites de velocidade (que chegam a 70km/h em alguns trocos da “auto-estrada”) a taxa de acidentes graves deve ser menor do que a nossa, em Portugal.
Mas…se todo este blá-blá-blá comigo mesmo (sim, já falo comigo mesmo e sim, também sei que se comeca por menos!) não mudou a estatística que diz que um desgracado por dia não vai voltar para casa, serviu pelo menos para abrir os olhos e deixar o ponteiro cair para o lado esquerdo.
Se é para pisar ovos, vamos a isso, com a matemática não se brinca.
De seguida, diz-me este meu amigo que a pessoa que morreu nesse acidente era um amigo dele. Repeti a pergunta. Qual a probabilidade de algo tão bizarro acontecer, num momento em que passa um carro e tu conheceres a pessoa que viaja lá dentro?
Bom…se a matemática não me falha é mais provável ganhar a lotaria.
Depois de abordada a calamidade e os sentimentos que isso gera, fui para casa, a conduzir e a pensar na vida como uma expressão matemática.
Bem vistas as coisas, tudo, mas rigorosamente tudo que nos rodeia pode ser encaixado num modelo matemático. O caso das estradas é particularmente assustador.
Em Portugal todos os dias acontecem acidentes nas estradas. Não faco ideia se todos os dias alguém morre na estrada, mas se o drama não é diário, deve acontecer de 2 em 2 dias ou coisa do género.
Ou seja, traduzindo esta estatística para o mundo real, significa tão só que todos os dias, ou de dois em dois dias, dos milhares de portugueses que andam na estrada, um pelo menos vai morrer. Todos nós que vamos de manhã a conduzir para o trabalho entramos de imediato na lista de candidatos a não regressar. Isto assusta-me particularmente. É que se há coisa que não falha nesta vida é a matemática.
Comecei então a pensar na realidade sueca, aquela onde me desloco. A estatística por estes lados é mais amiga, mas também não falha. Nos 1000km que faco semanalmente ainda não consegui por uma vez a encontrar a “estrada limpa”. Há sempre alguém que se espalha. Diga-se em abono da verdade que o caminho entre as duas principais cidades suecas é uma esfrega das antigas. Parece-me no entanto que como há algum respeito pelos limites de velocidade (que chegam a 70km/h em alguns trocos da “auto-estrada”) a taxa de acidentes graves deve ser menor do que a nossa, em Portugal.
Mas…se todo este blá-blá-blá comigo mesmo (sim, já falo comigo mesmo e sim, também sei que se comeca por menos!) não mudou a estatística que diz que um desgracado por dia não vai voltar para casa, serviu pelo menos para abrir os olhos e deixar o ponteiro cair para o lado esquerdo.
Se é para pisar ovos, vamos a isso, com a matemática não se brinca.
2 comentários:
A coisa não é assim tão linear... se eu todos os dias me fizer à estrada num local onde já não há acidentes há 10 anos, a probabilidade de eu ter um acidente é a mesma de quem circule todos os dias no IC19?... Não.
Sair-nos a lotaria é pura sorte; na estradas todos nós temos uma palavra a dizer! Mas os azares (bizarros) é verdade que também acontecem, como por exemplo esta semana ter dado assistência a um motociclista que se despistou por ter sido atingido na cabeça por uma gaivota, quando ele ia a caminho da Ponte 25 de Abril.
Motonauta,
dir-me-ás depois que auto-estrada (ou qq estrada com trânsito) é essa em Portugal sem acidentes há 10 anos :)
Mas essa da gaivota, sim senhor, é digna de registo :)
tf
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