segunda-feira, maio 28, 2012

Abutres



Bruno Carvalho, candidato derrotado nas ultimas eleicões do Benfica, aparece a dizer umas baboseiras de cada vez que a bola bate na barra e não entra. Hoje, aos microfones da TSF, disse que vai apresentar nos próximos dias propostas concretas para mudar o rumo do Benfica. Ouvi: "um clube como o benfica não pode jogar com 11 estrangeiros" e pensei dando algum crédito a esta nódoa: "Sim, é um facto..." e continua o camarada: "porque veja quantos ex-jogadores o Porto coloca a treinar equipas da primeira divisão. Os estrangeiros do Benfica não ficam cá no fim da carreira e assim é mais dificil. Há que recuperar a mística."
Portanto....vamos lá descodificar este maravilhoso pedaco de prosa.
Este rapaz, antigo director do Porto Canal, que quer "pensar o Benfica" sugere, assim para inicio de conversa, a batota. E depois chama-lhe mística.
Devemos então apostar em jogadores portugueses e formar novos Domingos, Sergios Conceicão, Oliveiras e Coutos para mais tarde os distribuirmos pelas equipas da primeira liga, criando uma espécie de campeonato sem adversários? Lamento informar, mas ninguém gosta de réplicas. Esse "projecto" já está no terreno desde o início da década de 90 e chama-se "estrutura". É muito mais profissional do que "mística".
Eu não sou um grande entusiasta do Vieira mas ainda tenho frescos na memória dois nomes: Damásio e Azevedo. O primeiro foi comido vivo pelo Papa e o segundo fez o que melhor sabe, roubar. Juntos trouxeram 10 anos de deserto cuja factura ainda hoje pagamos. Mal por mal, o clube tem um estádio novo, crédito na banca e todos os anos ganha títulos no futebol e nas amadoras.
Antes tacas da liga e um campeonato de 5 em 5 anos do que fazer da batota uma forma de estar na vida. Isso fica para outros e como disse Fidel, "a História os julgará". Portugal não será uma país de terceiro mundo para sempre.
Acho que se tivessem enviado outra toupeira, sei lá, o Folha ou o Jaime Pacheco, tinham dado menos bandeira.
E já agora, deixo aqui um pedaco de um texto roubado à "Tertúlia Benfiquista" com o qual concordo em absoluto e que vai ao encontro daquilo que vou escrevendo. A probabilidade (matemática) das vitórias do Porto nos últimos 20 anos (em território nacional) serem alcancadas SEMPRE sem recurso à batota (doping e/ou arbitros e/ou fiscais e/ou observadores e/ou jogadores adversários comprados e/ou treinadores adversários comprados, etc) é a mesma de qualquer um de vós tropecar numa taluda premiada de 3 em 3 meses. Sim, é zero!
Também não sei porque razão falo em probabilidade. Não é preciso ser um Rui Oliveira da estatística para perceber isto, basta ir ao youtube ouvir as PROVAS.
 
"E agora deixo aqui um exercicio para aqueles que invocam e gostam de dizer que o Benfica perde não por causa de assuntos extra futebol mas porque há incompetência na estrutura. Deixo aqui a reflexão, tirando o Mourinho e o Bobby Robson, em que um é omelhor treinador do Mundo e outro  antes de vir para Portugal já era um treinador com nome, que fizeram os treinadores que no FCP ganharam títulos depois de sair do FCP?
O Carlos Alberto Silva que ganhou? O Oliveira que ganhou? O Fernando Santos ganhou o quê? o Jesualdo?
Já verificaram como certos treinadores apenas mostram competência em certos locais.  Grande coincidência, esta!
Por outro lado treinadores que no Benfica nada conseguem fazer vão lá para fora e ganham na Holanda, vão a finais da Champions, ganham supertaças europeias, ganham Liga Europas. Grande é a nossa incompetência, não é!
"
 
A frase do ano é esta: "o campeonato deste ano prova que até com um piacaba no banco o Porto é campeão".
Filipe Vieira não é o presidente que eu escolheria e Jesus, se de mim dependesse, não se voltaria a sentar no banco. Dito isto, acrescento, dar sequer direito de antena a infiltrados como este Bruno Carvalho e demais abutres que torcem pelas derrotas do Benfica, é voltar aos tempos do Tahar, do Nelo e dos 7 em Vigo.
O povo é sereno mas não é estúpido.

1 comentário:

Nico disse...

Uma vez mais, muito bem dito! Pluribus unum!