segunda-feira, março 19, 2012

Dia do Pai



Sobre esta coisa de ser Pai tenho a dizer o seguinte: podia ser mais simples.
Cada um de nós atravessa os seus dias da melhor forma que pode, sabe e consegue. Eu não fujo à regra. Tento fazer o melhor sabendo que provavelmente tropecarei algures. Ou como me disse um ser superior que em tempos tive a felicidade de conhecer: "que culpa tenho eu se fazes tudo mal?"
Ser Pai é infinitamente mais díficil do que ser filho. "Vais lá com o tempo". Pode ser. Tenho muito mais experiência como filho e não custa metade.
Estes 3 anos como Pai funcionaram para mim como uma montanha russa de emocões. Não tenho hoje qualquer duvida em associar os momentos de maior felicidade na minha vida a essa condicão. O problema é que os momentos de maior dor também chegaram e continuam a chegar pela mesma via.
E isso tem o seu quê de incrivel. Uma aprendizagem sobre nós próprios. Até onde chegamos no sofrimento? Até onde conseguimos aguentar? Em que ponto quebramos?
Quantas lágrimas deitamos ?
Hoje não tenho hipótese de estar nem com o meu Pai nem com o meu filho. O primeiro está a 3000km de distância. Sim senhor...fui eu que escolhi emigrar. Aguenta e não protesta. O segundo está apenas a 5 km mas separado por várias camadas de ilusão. Um espécie de mundo à parte que requer a paciência de um monge budista para compreender e o poder de um Jedi para entrar.
Para mim, que sou um simples mortal com o azar de amar um filho, fica tão fácil como caminhar na lua de galochas.
E qual é a conclusão? A mesma de sempre. Desistir, nunca.
Ainda há muita pele para torcer antes de quebrar.
Ser Pai? Sempre Diogo.

3 comentários:

Vasco disse...

"camadas de ilusão"? "mundo à parte"?
De que falas, Tiago?

Anónimo disse...

Desabafos...

Tf

mar!ana disse...

May the force be with you!