Hoje é dia de votar nas eleições primárias do Tempo de Avançar. Este processo interno, aberto a todos, decidirá que candidatos farão parte das listas deste novo movimento à Assembleia da República.
Fico feliz por fazer parte da discussão e de poder espalhar a palavra por amigos e conhecidos. Se não servir para mais nada, que sirva pelo menos para que tomemos consciência que todos podemos (devemos) participar na vida do nosso país.
Fico feliz por fazer parte da discussão e de poder espalhar a palavra por amigos e conhecidos. Se não servir para mais nada, que sirva pelo menos para que tomemos consciência que todos podemos (devemos) participar na vida do nosso país.
Podem ver a minha candidatura aqui.
Eu estarei a concorrer pelos círculos de Lisboa, Setúbal e Açores, por serem essas as zonas com que mais me identifico e cujas realidades conheço melhor. Nasci em Lisboa e cresci na margem sul. Vivi nos Açores, na bonita ilha de Santa Maria, onde mantenho residência ainda hoje. Voltei para Lisboa para concluir o ensino secundário e tirar engenharia no ISEL - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Trabalhei na VW Autoeuropa , em Palmela, até que aos 28 anos decidi emigrar para a Suécia.
Mantenho contacto diário com Portugal desde então e, políticamente, continuo a ver uma espécie de círculo fechado onde amigos, conhecidos e boys dividem os cargos mas nunca as responsabilidades. E é por isso que há décadas vemos as mesmas caras, alternando entre o governo e a oposição, em nefastos pactos de regime que procuram, a todo o custo, manter a rede de interesses que vagueia em redor do Estado.
Movimentos como o Tempo de Avançar, abrem a discussão/participação a todos nós. É a forma mais democrática de dar voz a quem tem algo para dizer. Só por isso, só pela iniciativa, eu acho que já está ganho. Quando percebemos que o maior partido da oposição (PS), em 8 meses consegue perder a vantagem percentual para uma coligação que representa o governo mais incompetente que me lembro de ver, fico mesmo com a certeza que é uma questão de tempo até a vida política em Portugal mudar radicalmente.
Os candidatos que estão em solo nacional tiveram a oportunidade de participar em debates e de se apresentarem. Eu estou a 3000 km de casa, faço parte da nova geração de "famílias skype" que Passos Coelho tanto aprecia, e não tive por isso a oportunidade de conhecer e debater com os meus camaradas.
Cada candidato deveria escolher um tema da Agenda Inadiável proposta pelo Tempo de Avançar (podem consultar aqui) e apresentar as suas soluções. Eu teria escolhido a renegociação da dívida. É de longe o ponto mais urgente no panorama nacional. E porquê? Porque não podemos atirar 20% da população para a pobreza para pagar os juros do crédito ao FMI (antes do tempo, como orgulhosamente fez Maria Luis). Nem podemos continuar reféns de uma Europa que segue 2 ou 3 vozes. A Alemanha exige cortes nas pensões gregas e o governo eleito sugere que se corte na defesa (onde o material é comprado à Alemanha ). A Europa que segue a senhora Merkel não aceita e faz o que pode para salvar os seus próprios investimentos. Não há solidariedade entre povos. Há apenas grupos financeiros e interesses instalados que devem ser salvos. À custa da Grécia, depois de Portugal. Seguir-se-ão Espanha e Itália.
Mas não chega renegociar a dívida. É preciso saber onde aplicar o dinheiro. É nessa parte que acho que posso dar uma pequena contribuição, com a aprendizagem de coisas simples que observo no meu quotidiano, no país onde vivo há 9 anos.
A educação é, a meu ver, o investimento base de qualquer país que quer ser civilizado e entrar na elite dos desenvolvidos. Escola verdadeiramente universal até ao ensino superior (que não existe em Portugal), rede de creches públicas, empréstimos para estudantes (30% a fundo perdido e 70% pago pelo próprio em prestações, quando entra no mercado de trabalho). A redução de custos para os progenitores com a educação resolve dois problemas: a diminuição da natalidade (a creche em Portugal custa quase o mesmo que uma renda de casa!) e o abandono escolar.
A Suécia tem uma população menor do que a portuguesa num território muito maior. Depois da II GG investiram muito na educação, sendo hoje um país modelo (juntamente com a Finlândia). Pensem agora nas multinacionais suecas que existem, na criação de emprego e no crescimento económico. Em algumas profissões existem mais vagas do que pessoas. Tudo isto resulta de uma aposta de décadas na educação. É este conhecimento que traz retorno ao país. Trata-se apenas de uma questão de estabelecer prioridades. Qualquer criança sueca tem o seu percurso escolar (da creche à universidade) coberto pelo orçamento do Estado, contudo, numa país com 2500 km de comprimento, contam-se pelos dedos de uma mão o número de auto-estradas...
O mais curioso de tudo isto é que a carga fiscal não é superior à portuguesa. O desperdício não é gritante.
Opcões e prioridades na utilização de dinheiro público. Não é preciso ser um génio, basta não ser corrupto e não alimentar PPPs que vivem à sombra do governo.
O Tempo de Avançar é liderado por pessoas cujo percurso admiro e opiniões (quase sempre) partilho, como a Ana Drago, o Daniel Oliveira ou o Rui Tavares . Esse parece-me ser um bom ponto de partida. Se todos contribuirmos com algo e se, pelo menos, conseguirmos abanar um pouco o poder instalado e os interesses que nos amarram ao fundo, já será o suficiente para mudar qualquer coisa.
Eu tentarei dar o meu contributo, peço-vos que façam o mesmo. Votem sff smile emoticon
Obrigado a todos!
Eu estarei a concorrer pelos círculos de Lisboa, Setúbal e Açores, por serem essas as zonas com que mais me identifico e cujas realidades conheço melhor. Nasci em Lisboa e cresci na margem sul. Vivi nos Açores, na bonita ilha de Santa Maria, onde mantenho residência ainda hoje. Voltei para Lisboa para concluir o ensino secundário e tirar engenharia no ISEL - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Trabalhei na VW Autoeuropa , em Palmela, até que aos 28 anos decidi emigrar para a Suécia.
Mantenho contacto diário com Portugal desde então e, políticamente, continuo a ver uma espécie de círculo fechado onde amigos, conhecidos e boys dividem os cargos mas nunca as responsabilidades. E é por isso que há décadas vemos as mesmas caras, alternando entre o governo e a oposição, em nefastos pactos de regime que procuram, a todo o custo, manter a rede de interesses que vagueia em redor do Estado.
Movimentos como o Tempo de Avançar, abrem a discussão/participação a todos nós. É a forma mais democrática de dar voz a quem tem algo para dizer. Só por isso, só pela iniciativa, eu acho que já está ganho. Quando percebemos que o maior partido da oposição (PS), em 8 meses consegue perder a vantagem percentual para uma coligação que representa o governo mais incompetente que me lembro de ver, fico mesmo com a certeza que é uma questão de tempo até a vida política em Portugal mudar radicalmente.
Os candidatos que estão em solo nacional tiveram a oportunidade de participar em debates e de se apresentarem. Eu estou a 3000 km de casa, faço parte da nova geração de "famílias skype" que Passos Coelho tanto aprecia, e não tive por isso a oportunidade de conhecer e debater com os meus camaradas.
Cada candidato deveria escolher um tema da Agenda Inadiável proposta pelo Tempo de Avançar (podem consultar aqui) e apresentar as suas soluções. Eu teria escolhido a renegociação da dívida. É de longe o ponto mais urgente no panorama nacional. E porquê? Porque não podemos atirar 20% da população para a pobreza para pagar os juros do crédito ao FMI (antes do tempo, como orgulhosamente fez Maria Luis). Nem podemos continuar reféns de uma Europa que segue 2 ou 3 vozes. A Alemanha exige cortes nas pensões gregas e o governo eleito sugere que se corte na defesa (onde o material é comprado à Alemanha ). A Europa que segue a senhora Merkel não aceita e faz o que pode para salvar os seus próprios investimentos. Não há solidariedade entre povos. Há apenas grupos financeiros e interesses instalados que devem ser salvos. À custa da Grécia, depois de Portugal. Seguir-se-ão Espanha e Itália.
Mas não chega renegociar a dívida. É preciso saber onde aplicar o dinheiro. É nessa parte que acho que posso dar uma pequena contribuição, com a aprendizagem de coisas simples que observo no meu quotidiano, no país onde vivo há 9 anos.
A educação é, a meu ver, o investimento base de qualquer país que quer ser civilizado e entrar na elite dos desenvolvidos. Escola verdadeiramente universal até ao ensino superior (que não existe em Portugal), rede de creches públicas, empréstimos para estudantes (30% a fundo perdido e 70% pago pelo próprio em prestações, quando entra no mercado de trabalho). A redução de custos para os progenitores com a educação resolve dois problemas: a diminuição da natalidade (a creche em Portugal custa quase o mesmo que uma renda de casa!) e o abandono escolar.
A Suécia tem uma população menor do que a portuguesa num território muito maior. Depois da II GG investiram muito na educação, sendo hoje um país modelo (juntamente com a Finlândia). Pensem agora nas multinacionais suecas que existem, na criação de emprego e no crescimento económico. Em algumas profissões existem mais vagas do que pessoas. Tudo isto resulta de uma aposta de décadas na educação. É este conhecimento que traz retorno ao país. Trata-se apenas de uma questão de estabelecer prioridades. Qualquer criança sueca tem o seu percurso escolar (da creche à universidade) coberto pelo orçamento do Estado, contudo, numa país com 2500 km de comprimento, contam-se pelos dedos de uma mão o número de auto-estradas...
O mais curioso de tudo isto é que a carga fiscal não é superior à portuguesa. O desperdício não é gritante.
Opcões e prioridades na utilização de dinheiro público. Não é preciso ser um génio, basta não ser corrupto e não alimentar PPPs que vivem à sombra do governo.
O Tempo de Avançar é liderado por pessoas cujo percurso admiro e opiniões (quase sempre) partilho, como a Ana Drago, o Daniel Oliveira ou o Rui Tavares . Esse parece-me ser um bom ponto de partida. Se todos contribuirmos com algo e se, pelo menos, conseguirmos abanar um pouco o poder instalado e os interesses que nos amarram ao fundo, já será o suficiente para mudar qualquer coisa.
Eu tentarei dar o meu contributo, peço-vos que façam o mesmo. Votem sff smile emoticon
Obrigado a todos!
Tiago
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