Duas boas notícias chegam do rectângulo.
Nesta coisa da civilizacão nós gostamos de ir devagar, mas quando arrancamos, ninguém nos pára.
Em jeito de locomotiva.
Daquelas a lenha como nos livros do Lucky Luke.
É aquele gajo que entalava sempre a sombra e discutia com o Jolly Jumper.
O Jolly Jumper era aquele cavalo de crina loura.
Discutia com o Luke porque sabia falar. E bem.
Tinha personalidade forte e não se misturava com os demais quadrúpedes.
Mas era só uma BD.
Não era a sério.
Com BD quero dizer banda desenhada.
Estou a tentar introduzir mais siglas na minha vida, acho que ainda tenho poucas.
Agora que divaguei 10 linhas vou voltar às notícias.
Mentes brilhantes do ISCTE (sigla) e de mais duas ou três universidades cujos nomes me escapam da língua para os dedos, entregaram um estudo sobre a parque habitacional luso.
Ao que parece há uns milhares de casas desocupadas e o estudo indica que a aposta deve ser feita na recuperacão de edificios, travando assim a construcão ao desbarato.
O governo seguindo as indicacões, prepara-se para dar incentivos fiscais, a quem optar por alugar casa em vez de comprar.
Brilhante!
Isto é uma daquelas decisões que orgulham qualquer pagador de impostos que não seja construtor civil.
E bastaram 20 anos para perceberem isto! Nem quero imaginar o que os próximo 80 anos de UE nos reservam.
Consta também que os professores do ISCTE que fizeram o estudo, andavam no secundário quanto o país entrou na defunta CEE, pelo que se compreende o intervalo de 20 anos.
Ainda bem que estes génios resolveram estudar este tema, senão o país em geral e o governo em particular, nunca teriam percebido o rumo a tomar.
Mas, e como se diz na paragem do 101, antes tarde do que nunca.
O 101 é aquele expresso que vai do Campo Grande para o Lumiar.
Demorava uma ou duas eternidades, não me lembro agora, a passar.
Tinha sempre que me safar com o 7 ou 36, mas depois "dava muito à pata" para chegar a casa.
Na altura, andar 100 ou 500m, era como ir para a escola de Redley ou Reebok.
Na minha escola não deixavam entrar ninguém de Reebok.
Não combinava com o pólo da Amarras.
Nem com o jornal "a bola" em versão gigante e a preto e branco.
Tive que chatear o meu pai para me comprar uns Redley.
Não dava jeito para jogar à bola, mas também nunca foi problema porque os meus colegas só gostavam de rugby.
Rugby é um desporto muito giro, mas tem que ser jogado por gordos com 3 nomes próprios, um dos quais obrigatoriamente Maria.
Tiago Maria Filipe
Ahhh…falhei por um.
Depois de Quim era o meu sonho.
Agora é que me perdi…
Espera lá, deixa-me ler para trás…isso…já sei.
Ainda que chegue tarde, esta medida é uma aproximacão aos costumes do primeiro mundo.
Trava o betão, trava a destruicão urbanistica (se é que ainda há alguma coisa para destruir), trava os endividamentos das famílias com o crédito e pode, quem sabe, acalmar essa ideia Lusa de que temos que pagar uma casa 60 anos para a deixar para os filhos.
Cada geracão que faca pela vida.
Ainda a pensar na habitacão, leio no jornal de hoje que o governo aprovou nova medida para impedir a construcão num raio de 25Km do novo aeroporto de Alcochete.
Bolas…2 decisões contra o betão seguidas??
E esta chega a tempo e horas, já que o aeroporto ainda não existe.
Com esta Zé, já ganhaste pelo menos mais um voto.
O que me trará o jornal de sábado?
Pinto da Costa preso e FócuPorto com menos 10 títulos?
Administracão do Porto de Lisboa ganha estadia de 20 anos no Custóias Inn?
Zonas verdes em frente ao rio Tejo?
Até estou com medo...
1 comentário:
"Mas, e como se diz na paragem do 101, antes tarde do que nunca."
ehehe coisas sábias que se tiram do dia a dia :P
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