Sei que tenho uma cara comum.
Daquelas "tenho a sensacão que te conheco de algum lado".
E por mim tudo bem.
Gosto que as pessoas olhem para mim e se lembrem de alguém.
Jóia, como diz o povo irmão.
A semana passada, degustava eu a minha bola de berlim num café local (do rectângulo) quando sinto uma pancada na parte de trás da cabeca.
O clássico "calduco".
Limpo o acucar das bochechas e viro-me.
Era um simpático velhote que muito sorridente disse: "Então estás bom?" ao que eu educamente respondi: "Estou bem, obrigado."
Ao ver que não corri para o abraco, o sorriso comecou a desaparecer e já com cara de desconfiado disparou a segunda pergunta: "Olha lá, tu não és o Quim, filho do Tóino da Ribeira ?".
"Sempre sonhei ser um Quim! Cajó e Tozé já não causam aquele impacto. E acho que o meu pai adorava ser Tóino, mas não, não sou eu.", respondi.
"Epááááá, é que pareces mesmo!", diz ele com o sorriso a alargar novamente.
"Imagina se tivesse batido com mais forca!!", termina o simpático ancião achando que aquele calduco tinha sido um mimo.
Volto para a minha bola de berlim conformado com o status de "pareces toda a gente".
De regresso ao meu quotidiano, deparo-me com semelhante questão na aula de sueco.
"Já te vi algures!", diz uma colega.
Ela é iraniana.
O "algures" fica em Teerão.
O que me assusta.
"Não digas, não digas, não digas...", entretenho-me a pensar.
"És iraniano não és?", pergunta ela com a certeza da resposta.
Já está! Ela disse.
A desilusão vem com a confirmacão do rectângulo que me viu nascer.
Ainda assim tive que repetir 3 vezes que tinha a certeza de que não era Iraniano.
Dou por mim a pensar se uma nova estratégia de ataque à barba não fará sentido.
Prova-se que os habituais 15 dias de intervalo me podem trazer dissabores.
Quim, ainda vá que não vá, mas sinceramente, Abdulah, já não estou para isso.
2 comentários:
ahahahaha
Tiago... Arrancas-me as gargalhadas mais espontâneas da blogosfera..
TROLOLOL
[Tiago, aqui para nós, a verdade é que estás mais para "Abulah" do que para "Quim". :P]
Abraço.
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