Na Nova Zelândia o rubgy é o desporto nacional.
Há muito espaco para correr e como nunca aprenderam a fazer nós nas redes de pesca (o que invalida desde logo a construcão da rede da baliza), optaram por virar as jangadas e chutar por cima delas. E fazem-no com sucesso.
Pobres e ricos (não sei se há pobres na Nova Zelândia e também não vou confirmar...) brincam aos "All Blacks" (nome da seleccão) como por aqui ("aí" neste caso - aqui seria: 2-para-2-e-não-vale-bater-com-o-stick) se brinca ao 2-para-2-balizas-de-um-passo.
6 linhas para dizer: Rugby na Nova Zelândia = Jogo do Povo.
Porque não me lembrei disto mais cedo?
Em Portugal não é bem assim.
80% dos gajos que praticam o desporto têm cabelo à CDS-PP e chamam-se Tomaz (com 'Z'), Martim, Bernardo e por aí fora. Correm com a bola na mão enquanto podem com o rabo e mais tarde trocam a lama pela emocão do golfe.
Há 3 razões históricas para o rugby ser um desporto de queques em Portugal:
1) Todo e qualquer beto nasce com os pés para dentro e por isso bola que role sem ser aos 'S' deixa de ser opcão
2) Para poderem usar aquele pólo branco com a rosa que mais tarde descobrem que é a camisola da seleccão inglesa, têm que alinhar no resto do cenário
3) Como circulam em matilha bastou o primeiro ter aparecido
Há outro detalhe associado a esta malta. É que gostam de confusão.
Existem dois tipos de betos. Os da cidade e os do campo.
São praticamente iguais. Excepcão feita na forma de correr.
Os da cidade correm para a frente e aos 'S' tentando agarrar a bola, os dos campo correm para trás e de mãos nas ancas enquanto dizem "ai, ai touro lindo!!!"
Em comum têm aquela vontade de "e se partíssemos qualquer coisa?", desde que obviamente, estejam em grupos de 10.
O beto é um gajo corajoso. Seja ele do campo ou da cidade.
Não é qualquer um que mete o nariz na cueca alheia como faz a malta do rugby quando toca a empurrar. E não será certamente qualquer um que veste uma lantejoula e umas sabrinas e vai para uma arena cheia de pessoas.
Posso ter andado pelos sítio errados e certamente faltar-me-á a razão, mas esta foi a imagem que construí dessa malta (devo ter saído muitos sábados no "Sítio" errado :))
Contudo, pensei que este cenário de terceiro-mundo fosse "aplicado" nas vilas e aldeias onde os benzocas têm cartaz. Quando pensamos que sabemos umas coisas, há sempre um beto por perto para nos explicar que não é bem assim.
A nossa seleccão de rugby (Lobos) conseguiu o feito único na história da modalidade, de garantir a presenca de uma equipa amadora num campeonato do mundo. Fê-lo no Uruguai. Orgulho nacional como não podia deixar de ser. E merecido.
Para festejar o triunfo tudo a marchar para a discoteca e já que estamos aqui "que tal partir qualquer coisa?"
Apesar da culpa não ser certamente deles (a História prova por A+B que um beto nunca tem culpa),
6 ficaram no Uruguai para um convívio com a polícia e voltam mais tarde. Uma noite na choldra sem amaciador e sem o pijama da Burberry para aprenderem.
Há muito espaco para correr e como nunca aprenderam a fazer nós nas redes de pesca (o que invalida desde logo a construcão da rede da baliza), optaram por virar as jangadas e chutar por cima delas. E fazem-no com sucesso.
Pobres e ricos (não sei se há pobres na Nova Zelândia e também não vou confirmar...) brincam aos "All Blacks" (nome da seleccão) como por aqui ("aí" neste caso - aqui seria: 2-para-2-e-não-vale-bater-com-o-stick) se brinca ao 2-para-2-balizas-de-um-passo.
6 linhas para dizer: Rugby na Nova Zelândia = Jogo do Povo.
Porque não me lembrei disto mais cedo?
Em Portugal não é bem assim.
80% dos gajos que praticam o desporto têm cabelo à CDS-PP e chamam-se Tomaz (com 'Z'), Martim, Bernardo e por aí fora. Correm com a bola na mão enquanto podem com o rabo e mais tarde trocam a lama pela emocão do golfe.
Há 3 razões históricas para o rugby ser um desporto de queques em Portugal:
1) Todo e qualquer beto nasce com os pés para dentro e por isso bola que role sem ser aos 'S' deixa de ser opcão
2) Para poderem usar aquele pólo branco com a rosa que mais tarde descobrem que é a camisola da seleccão inglesa, têm que alinhar no resto do cenário
3) Como circulam em matilha bastou o primeiro ter aparecido
Há outro detalhe associado a esta malta. É que gostam de confusão.
Existem dois tipos de betos. Os da cidade e os do campo.
São praticamente iguais. Excepcão feita na forma de correr.
Os da cidade correm para a frente e aos 'S' tentando agarrar a bola, os dos campo correm para trás e de mãos nas ancas enquanto dizem "ai, ai touro lindo!!!"
Em comum têm aquela vontade de "e se partíssemos qualquer coisa?", desde que obviamente, estejam em grupos de 10.
O beto é um gajo corajoso. Seja ele do campo ou da cidade.
Não é qualquer um que mete o nariz na cueca alheia como faz a malta do rugby quando toca a empurrar. E não será certamente qualquer um que veste uma lantejoula e umas sabrinas e vai para uma arena cheia de pessoas.
Posso ter andado pelos sítio errados e certamente faltar-me-á a razão, mas esta foi a imagem que construí dessa malta (devo ter saído muitos sábados no "Sítio" errado :))
Contudo, pensei que este cenário de terceiro-mundo fosse "aplicado" nas vilas e aldeias onde os benzocas têm cartaz. Quando pensamos que sabemos umas coisas, há sempre um beto por perto para nos explicar que não é bem assim.
A nossa seleccão de rugby (Lobos) conseguiu o feito único na história da modalidade, de garantir a presenca de uma equipa amadora num campeonato do mundo. Fê-lo no Uruguai. Orgulho nacional como não podia deixar de ser. E merecido.
Para festejar o triunfo tudo a marchar para a discoteca e já que estamos aqui "que tal partir qualquer coisa?"
Apesar da culpa não ser certamente deles (a História prova por A+B que um beto nunca tem culpa),
6 ficaram no Uruguai para um convívio com a polícia e voltam mais tarde. Uma noite na choldra sem amaciador e sem o pijama da Burberry para aprenderem.
7 comentários:
tu pareces um "beto" que tem jeito para isso.
Nicoooooooooooo :)
Escreve para tiago.franco@semcon.se (quero saber as novidades!!)
Andaste demasiado na Varzea errada, sem duvida!
Excelente post! O que eu me fartei-me de rir aqui com os meus colegas. :) É que a meio do post, sem ter lido até ao fim, comecei a ler em voz alta para partilhar o meu entusiasmo e saiu-me o tiro pela colatra... é que eu sou um "beto" daqueles que corre para trás. ;)
Faltou o "h" no Thomaz!
Motonauta, o que se salva da tua indumenária é o sapato. Já aquela meia de renda e a casaca-tecido-de-sofá-antigo da Mango...
Olá Tiago!
A história é baseada em factos vividos há uns anos atrás noutras paragens. Eu sei que também "corres para trás" :), mas espero que não te metas nas embrulhadas que me habituei a ver :)
Abraco!
Queres ser o proximo bruno nogueira, ou faltam te tres amigos pa formares outro quarteto q manda piadolas na rtp? Há tanto material pa falar sobre desporto no nosso pais e lembraste de falar logo num q neste momento até ta a subir bastante de qualidade. fraquinhoooo mto fraquinhooooo
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