Phi -Phi (Tailandia)
Tenho alguns defeitos.
Sei que são alguns. Nunca os contei. Mas se quisesse contava. O meu número de defeitos é finito. O Portas por exemplo já não consegue dizer o mesmo. Mas está mais bronzeado do que eu e usa camisas passadas pela mãe. O mundo nem sempre é redondo.
Defeitos dizia.
O maior, de longe o maior, é a doenca que me atinge o lado esquerdo do cérebro e me faz vibrar sempre que uma bola deambula entre camisolas vermelhas. Trocava este defeito por outro. Orelhas de abano, pernas de alicate, ceroulas ou discos do Tony Carreira. Qualquer coisa.
Com este lado do cérebro activo, dificilmente perderia horas à procura de todos os canais piratas de televisão na internet, que me permitissem ver jogos como o de ontem.
Dou por mim sentado a ver imagens que saltam de 10 em 10 seg e onde o som aparece 3h antes.
Ainda assim, e por o lado esquerdo do cérebro ser mais convincente que o direito, aguento-me 90 minutos a ver um jogo com uma emotividade relativamente menor que os derbys que fazíamos lá no bairro contra a rua de baixo.
"Os estádios estão vazios" queixam-se (o "eles" que dá para tudo).
Pudera. Os espectáculos (tirando um ou outro jogo) são de uma pobreza franciscana que nos faz pensar na espectularidade da final de sueca dos reformados do comércio.
O que eu vejo (de 10 em 10 seg):
- Uma caixa de fósforos transformada em campo de futebol
- A equipa da casa a defender em meio campo durante 90 minutos. Não fazem uma jogada de ataque, não fazem um remate, não tentam sequer marcar um golo! Passam o tempo todo a chutar para o ar na esperanca que o tempo passe. Jogaram com 11 centrais e o Nuno Gomes a líbero. Grande exibicão do "pontas sedosas" a limpar a área do Estrela.
O que eu ouco:
- O comentador da RTPi a elogiar o esquema táctico do Estrela e a forma como estavam "irrepreensíveis" na defesa.
Serei eu o único a pensar que o objectivo do jogo é chegar ao outro lado do campo (e isso obriga a passar aquela linha grande branca o que é uma chatice para malta "irrepreensível") e quem sabe, num acto de loucura, tentar marcar um golo, ou vá, dois?
Para quem gosta do desporto em si, ver um jogo da nossa liga acarreta uma dor na alma que nos obriga logo a ver um jogo do campeonato inglês ou espanhol, só para "descontrair".
Por outro lado, e esse é que é o grande problema, o Glorioso joga na liga nacional o que me "obriga" a gramar estas pastilhas só para satisfazer o lado esquerdo que não me deixa levantar.
Eu nem quero. Sinceramente até preferia usar esses 90 min para correr atrás de borboletas ou saltar de nenúfar em nenúfar. Mas ele tem cá uma lábia! Enrola-me sempre.
Maldito lado esquerdo!
Sei que são alguns. Nunca os contei. Mas se quisesse contava. O meu número de defeitos é finito. O Portas por exemplo já não consegue dizer o mesmo. Mas está mais bronzeado do que eu e usa camisas passadas pela mãe. O mundo nem sempre é redondo.
Defeitos dizia.
O maior, de longe o maior, é a doenca que me atinge o lado esquerdo do cérebro e me faz vibrar sempre que uma bola deambula entre camisolas vermelhas. Trocava este defeito por outro. Orelhas de abano, pernas de alicate, ceroulas ou discos do Tony Carreira. Qualquer coisa.
Com este lado do cérebro activo, dificilmente perderia horas à procura de todos os canais piratas de televisão na internet, que me permitissem ver jogos como o de ontem.
Dou por mim sentado a ver imagens que saltam de 10 em 10 seg e onde o som aparece 3h antes.
Ainda assim, e por o lado esquerdo do cérebro ser mais convincente que o direito, aguento-me 90 minutos a ver um jogo com uma emotividade relativamente menor que os derbys que fazíamos lá no bairro contra a rua de baixo.
"Os estádios estão vazios" queixam-se (o "eles" que dá para tudo).
Pudera. Os espectáculos (tirando um ou outro jogo) são de uma pobreza franciscana que nos faz pensar na espectularidade da final de sueca dos reformados do comércio.
O que eu vejo (de 10 em 10 seg):
- Uma caixa de fósforos transformada em campo de futebol
- A equipa da casa a defender em meio campo durante 90 minutos. Não fazem uma jogada de ataque, não fazem um remate, não tentam sequer marcar um golo! Passam o tempo todo a chutar para o ar na esperanca que o tempo passe. Jogaram com 11 centrais e o Nuno Gomes a líbero. Grande exibicão do "pontas sedosas" a limpar a área do Estrela.
O que eu ouco:
- O comentador da RTPi a elogiar o esquema táctico do Estrela e a forma como estavam "irrepreensíveis" na defesa.
Serei eu o único a pensar que o objectivo do jogo é chegar ao outro lado do campo (e isso obriga a passar aquela linha grande branca o que é uma chatice para malta "irrepreensível") e quem sabe, num acto de loucura, tentar marcar um golo, ou vá, dois?
Para quem gosta do desporto em si, ver um jogo da nossa liga acarreta uma dor na alma que nos obriga logo a ver um jogo do campeonato inglês ou espanhol, só para "descontrair".
Por outro lado, e esse é que é o grande problema, o Glorioso joga na liga nacional o que me "obriga" a gramar estas pastilhas só para satisfazer o lado esquerdo que não me deixa levantar.
Eu nem quero. Sinceramente até preferia usar esses 90 min para correr atrás de borboletas ou saltar de nenúfar em nenúfar. Mas ele tem cá uma lábia! Enrola-me sempre.
Maldito lado esquerdo!
PS - Traducão em polaco aqui .
2 comentários:
Eu esqueci-me logo do tempo perdido, dos falhanços do Nuno Gomes e do Moretto na baliza quando vi o Petit marcar o golo :D
Deixa lá. Há defeitos piores e incontáveis.
;)
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