quinta-feira, setembro 24, 2015

Como é que a Margarida enche tantas folhas com oxigénio? Como é que o Marinho ainda saca votos? Mistérios.


Não tenho passado por este bairro. Às vezes até me apetece mandar aqui umas pastilhas mais elaboradas, afinal, há tanto e bom material nos dias que correm. 
O Passos que não acerta uma, o Costa que já promete o paraíso enquanto faz um "tudo a saltaaaaar", o miúdo à beira mar que fez parar o mundo e o Charlie que o satirizou, provando que a linha entre a comédia e a estupidez é ténue. A Síria que não é problema nosso e os refugiados que vão voltar a conquistar o Alhambra.
Mas não me apetece. Pelo menos hoje. 
Apetece-me escrever umas linhas à la Margarida Rebelo Pinto. 
Estava um dia quente. Já tinha bebido um gin e sentia o pensamento a vaguear nas ondas que suavemente acariciavam o pontão. Entre a palha do chapéu ofuscavam-me dois raios de sol. Baixei a cabeca incomodada até que uma nuvem me libertasse o olhar. Espreitei, bebi novo trago para disfarcar, era ele, não restavam dúvidas! O Salvador derretia o gelo, ali, a poucos passos de mim na praia do Tamariz. Mudei o estado no facebook para esperancada. Ele não fez like. 
Estou a ficar mal disposto, é melhor parar.
O meu sonho era ser escritor. Ou algo do género.
Como diz um primo meu, os bloggers são apenas pessoas com tempo livre e acesso à internet. Está bem visto. Ainda assim alimentava a esperanca de transformar um blog, este ou o de viagens, numa publicacão. Assim qualquer coisa gira, à grande e à francesa, com traducões e tudo.
Recentemente um texto que escrevi aqui foi traduzido e utilizado contra mim em tribunal. Não era bem o tipo de traducão que tinha em mente, mas já é um primeiro passo.
Espera...será que posso dizer isto? Ainda me entalo de novo...
NOTE: this is just a note of humour! 
Voltando à poda...
Decidi comprar um carro novo. Aliás, trocar o meu por um mais velho.
Passo sempre momentos de harmonia e paz budista quando entro num stand. Se pudesse organizava uma corrida de bidões movidos a tangas. De um lado a selecão da europa de taxistas, do outro a equipa do resto do mundo de vendedores de carros.
Pergunto-lhe se está interessado em comprar o meu e, em troca, com o dinheiro que recebesse, compraria outro carro no mesmo stand. O vendedor diz que sim e pede-me a matricula do carro. Vai ao computador e a primeira coisa que faz é tentar convencer-me que o motor do meu carro tem menos 400 cc do que aquilo que eu digo. Ele sim, eu não e por ai fora mais umas 10 vezes. Viro o monitor do computador para mim e mostro a linha onde está o que ele diz + 400. Tomo noto da tanga, gosto sempre de aprender material novo, e sigo para o próximo stand.
Dou mais umas voltas e de tanga em tanga, vou petiscando em todos. Gosto daqueles cestos de fruta espalhados entre os carros. 
Meto o meu à venda no "custo justo" cá do sítio e passado alguns minutos escreve-me um camarada a perguntar se quero trocar com ele. Tem um Dodge Charger com 400 cavalos. Não faco ideia o que é isso e vou ver ao google. É uma espécie de avião sem asas que se vê muito no Pinhal Novo nas corridas noturnas da Vasco da Gama. Não é bem o target do pai de família a caminho dos 50 anos.
Desisto do assunto e vou para casa. No correio está uma supresa agradável em forma de livro. Passo os olhos por umas linhas familiares e descubro outras sobre gente que também fez a mala. Comeco a ficar mais emotivo e com saudades. A emocão é a pior conselheira numa casa vazia a 3000 km de vocês.
Enfim, ele há dias. Amanhã já quero almôndegas com "lingön sylt" outra vez. Hoje nem tanto.


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