segunda-feira, outubro 07, 2013

Dia diferente...



 
 
...pelo menos para mim que não estou habituado a usar gravata. 
A embaixada portuguesa na Suécia organizou um encontro entre empresários portugueses e suecos, com o alto patrocínio de Aníbal e da casa real sueca.
Ora...que fazia lá eu? Cavaco queria encontrar-se com a "comunidade emigrante", de modo que, entre a nata, estavam 80 pobres, onde se inclui este que vos escreve, em representacão de uma associacão local.
E foi giro? Claro que sim. Mas provavelmente pelas razões erradas.
A minha opinião sobre Cavaco está espalhada neste blogue, aí de 3 em 3 posts, mais coisa menos coisa. E não mudou depois desta noite. Mas gostava de conhecer o rapaz que lhe escreve os discursos. Que pérolas.
Cuca Roseta (quem?) cantou para o rei e ao que parece, o arrepio subiu a espinha real.
Primeiro ponto positivo da noite: James Bond. Muitos. De auricular e a falar para o punho. Acompanhavam cada passo do rei, da rainha, do Cavaco e dos ministros. Particular atencão para Maria Cavaco que tinha na sua sombra duas versões de "Barbie Agente Secreta" com auricular e fato escuro.
Gostei do aparato e esperei em cada momento por um "Mr.President we have to go" que não aconteceu.
Segundo ponto positivo da noite: os jornalistas. Eles sim, as pessoas mais interessantes que para mim ali estavam. Não faco ideia que ministros suecos por ali andaram, mas reconheci as caras da SIC, RTP e TVI. António Esteves Martins e Beatriz Jalon, entre outros. Enquanto Cavaco discursava aproximei-me de uma delas que, em passo rápido, tomava notas das banalidades que Aníbal debitava. Perguntei-lhe para que jornal escrevia. "Expresso" disse em ela em tom de "agora vai lá brincar com os outros meninos". A nata estava ali. Babei, olhei e sonhei com um mundo melhor. "I want world peace" e estaria no concurso de Miss Norte Shopping.
Eles recebem um salário para escrever. São os maiores.
Aproximei-me do bar e acompanhei um empresário que lá estava num trago de tinto. Que nem alentejano era, diga-se. O tinto, o senhor não sei. Conversa puxa conversa e estávamos com o mesmo problema. O Benfica estava quase a comecar e Aníbal não se calava. Explicou-me que aquelas iniciativas geravam negócios directos, como por exemplo, a malta do têxtil sueco queria deslocar fábricas da Ásia para a Europa e os portugueses, debaixo da asa presidencial, tentavam a sua sorte. Fico contente que tudo aquilo sirva para algo.
Mais um trago e o senhor apresentou-se. Era o CEO da Visabeira e estavam a tentar entrar no mercado das telecomunicacões na Suécia e Dinamarca. Entre outras coisas queriam recrutar engenheiros da área que vivessem cá e arranhassem língua de cão. Que mundo pequeno.
Bebemos mais um trago, até porque o Glorioso aos 20 minutos já estava de gatas.
Também conheci outros portugueses que vivem por estes lados onde o Sol nunca brilha. Gente simpática e divertida. Só por isso já valeu a pena.
É sempre bom saber que não estamos sós no fim do mundo.
Gostei. Até sou capaz de comprar mais uma gravata só por causa das coisas.

2 comentários:

Inês disse...

Lá está, basta um gajo representar uma associação de qualquer coisa que começam a aparecer as connections :P

A Cuca Roseta é uma grande fadista, cá está ela a cantar uma música de uma outra moça de quem tu gostas muito:

http://www.youtube.com/watch?v=12l6J3_WASI

Anónimo disse...

A Cuca é a mÁior :)

tf