sexta-feira, julho 27, 2012

A Portugália que não serve bifes



Quem me conhece sabe que detesto voar. Quem não me conhece e passa por aqui, nesta altura do campeonato, também já deve saber.
Para mim um avião é uma espécie de caixão com asas. Um tremendo problema para quem quer dar a volta ao mundo. Falando nisso...era muito mais fácil atingir esse objectivo há 50 anos.
"Ah e tal estávamos em ditadura", dizem vocês. Detalhes. Pelo que ouvi dizer davam-se grandes saltos para Espanha. O PCP e as casas no Alentejo foram os primeiros balcões da Abreu.
Por outro lado, a URSS e a Jugoslávia formavam dois "países". Hoje em dia são 22...mesmo com 6 semanas de férias não me safo.
Sempre que vejo uma notícia com acidentes ou aterragens de emergência, fico logo em brasa.
A TAP e a Lufthansa, as únicas onde ainda (por razões diferentes) me sento descansado, nunca aparecem nestes filmes. Já a Portugália (que foi comprada pela TAP) tem aparecido vezes demais nos últimos tempos.
Aqui, aqui, aqui e aqui. Tirando a ameaça de bomba, eu, se trabalhasse no hangar da TAP começava a correr atrás do fornecedor do trem de aterragem. É só um palpite.
Por outro lado, se passarmos por aqui, constatamos o óbvio (pelo menos para quem já entrou nos aviões da PGA). Estão a cair de maduros. Os Fokker (o gajo que se lembrou deste nome devia ser condecorado no 10 de Junho) então, já ultrapassaram os 20 anos. É claramente altura de fazer a venda da ordem às linhas aéreas do Gabão.
De susto em susto qualquer dia temos um novo "Sata-olha-aí-a-montanha" em versão trem de aterragem.
Custa assim tanto renovar a frota da PGA? Mais imposto, menos imposto...já ninguém nota. A malta está entretida com o Relvas.
É agora ou nunca Fernando!

1 comentário:

Anónimo disse...

O meu caro "Blogador" não faz a mínima sobre o que fala. Aeronaves bem mantidas, sob o ponto de vista de engenharia, podem voar indefinitivamente. Se são agradáveis à vista ou não, reflectindo a idade que tem, é outro problema. Aposto que o amigo "Blogador" também já gostaria de trocar o seu Hyundai...sempre seria economicamente mais viável do que uma frota de aviões...é que estas coisas de aviação, são caras. Uma ideia: Um "overhaul" (desmontagem completa, seguida de remontagem) de um motor Tay custa 3 milhões de EUR...pouca coisa.
Trens de aterragem são um subsistema originado num processo de concepção de engenharia, como qualquer outro subsistema. Alguns subsistemas, nalgumas aeronaves tiveram um desenho inicial mais fraco, é tudo.
Quanto a condecorar Anton Herman Gerard Fokker, é capaz de ser um pouco difícil...cinzas não dão muito jeito para espetar alfinetes.
Se o amigo "Blogador" tem medo de voar não ligue à cosmética das aeronaves. Há outros considerandos bem mais importantes, como qualquer aproximação ao aeroporto da fotografia lhe demonstrará.
Do que deve ter medo é das companhias que, apesar das frotas novinhas, têm uma ideia muito vaga do que é isto da aviação (#LionAir)
Medite bem no que devem ser os verdadeiros medos de andar de avião da próxima vez que, baseado exclusivamente no preço, voar numa certa companhia Irlandesa.
Cumprimentos e tente escrever apenas sobre aquilo que realmente conhece.