segunda-feira, novembro 14, 2011

Esta tarde escrevi isto...

Alto e pára o baile.


Para ti jovem licenciado que andas a mandar CVs para a Noruega à maluca, para ti camarada da classe média que trocaste os 15 dias no Algarve por 15 dias em casa ou para ti caro reformado que andas a pagar as prendas de Natal dos teus netos a prestacões...parai!

Encostem-se na poltrona, abram o Expresso e leiam o Messias, também conhecido como "ministro da economia". Assim, com letra pequena.

Diz ele que "2012 marcará o fim da crise". Nos dias que correm acredito em 50% do que leio nos jornais. Estará a frase incompleta?

Será que ele disse "2012 marcará o fim da crise para o Ricardo Salgado!!" e o jornalista só ouviu metade? Álvaro veio "lá de fora" e como sabemos isso é um atestado de sumidade. Não, não quer necessariamente dizer que ele beba sumo.

Porquê esta calinada camarada Álvaro? Acreditas mesmo no que dizes ou queres "estimular os mercados"? Jogo as minhas fichas na segunda hipótese...

Ao fim de não sei quantos meses (anos?) de austeridade e licões de financas públicas, já todos os Portugueses aprenderam o fundamento da teoria económica. Chama-se: "tabuada".

Perguntemos ao camarada Álvaro de que forma terminará a crise em 2012?

Os portugueses terão salários mais baixos, impostos mais altos e bens de consumo ao mesmo preco (na melhor das hipóteses).

As casas continuarão a precos de Manhattan e o garrote dos impostos ao nível de Helsínquia. Os seguros substituem o SNS e as escolas continuam a formar ignorantes.

A banca que se voltou a endireitar com dinheiro dos impostos (vou repetir isto enquanto tiver memória: O DINHEIRO QUE VOS SUGARAM FOI ENTREGUE À BANCA PARA QUE ELA VOS VOLTE A EMPRESTAR COM JUROS MAIS ALTOS) exige mundos e fundos para emprestar a individuos ou empresas. As exportacões, que já não eram nada de especial, são afectadas.

O aparelho produtivo não existe.

Ao mesmo tempo o governo defende que o país "empobreca" para voltar a entrar no comboio da competitividade (com chineses e moldavos deduzo eu).

Portanto, neste cenário Álvaro...2012 será o quê?

Ou há petróleo nas Berlengas e só tu é que sabes?

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