terça-feira, junho 07, 2011

Ide ver Apolo, o deus do não sei quê

E o momento da noite eleitoral? Qual foi? Portas, o politico brilhante.


Não estou a gozar…ele é mesmo brilhante. Como politico. Como cozinheiro não sei porque nunca me convidou para jantar lá em casa.

Com os betinhos da JC aos berros no Largo do Caldas, Portas, com sentido de estado disse: ”Respeitemos a situacão dos portugueses. Não quero festa nem celebracão. Amanhã é dia de trabalho!”. Ahhhh valente!!!

Agora é só seguir o percurso do menino como ministro e ver como ele se preocupa com todos nós. A propósito…que ministério escolherá? Espero que seja o da agricultura e pescas!

Aposto no entanto no dos negócios estrangeiros. Dá mais passeata e queima menos.

E o que aí vem? Uuuuuuuuuuiiii. A esta hora da manhã?

Antes de mais…esses ossos, que tal? Andam com vontade de passar uns dias no hospital? É de aproveitar agora. Dentro de um ano só para quem tem seguro.

O novo governo não vai reformar o SNS, vai privatizá-lo, o que é ligeiramente diferente. E este é um conceito interessante.

A Europa civilizada tem nos servicos nacionais de saúde uma das bases do funcionamento da sociedade. Mas…claro está, de uma forma racional. Usando o exemplo que melhor conheco (o sueco), o SNS existe mas não é um saco sem fundo. Ninguém precisa de uma merda de um seguro (mas também não fazem um TAC para curar uma constipacão).

Em Portugal passaremos de um sistema idiota e descontrolado, que ainda assim não deixa ninguém na rua, para outro que funcionará em funcão do lucro. Uma espécie de ”sistema de saúde americano”. É engracado que até aí, desde os tempos do Clinton, se tenta criar um servico nacional de saúde público.

O SNS português é um buraco sem fundo que deve ser reformado (leia-se “controlado”). Privatizar é o mesmo que voltar à idade da pedra.

Tenho alguma curiosidade para ver como Passos Coelho vai cortar as ”gorduras” do Estado. Ele usou o termo em todos os debates. Deve estar cheio de vontade!

Quero ver quantos institutos públicos vão fechar, quantos funcionários públicos vão ser despedidos, quantos boys vão perder o emprego, quantas PPPs vão ser re-negociadas, quantos ministros, deputados, vereadores e presidentes de câmara vão perder carro, motorista, assessores, bilhetes em executiva e ajudas de custo pornográficas.

Também quero ver se a banca (que já recebeu dinheiro pago por todos para emprestar a todos com juro mais alto) vai pagar mais impostos, se a corrupcão vai levar alguém à cadeia e as regras se vão aplicar a todos. Ou aplicar-se-ão a “todos excepto nos domínios de Albert John”.

Outra coisa que também me parece interessante é a pergunta “E tu, como enriqueceste?”. Políticos que comecam por ”vender retretes” e que depois do “servico público” estão ricos.

Armando Vara, Jaime Ramos, Ricardo Rodrigues, Ângelo Correia, Dias Loureiro entre outros. Não há ninguém que investigue? Continuaremos a ser uma república centro-africana na Europa?

Mais de 70% dos portugueses votaram no programa da troika que, detalhe dos detalhes, é impossível de cumprir. Como sera feita a distribuicão do sacrifício. A classe média vai levar o aperto maior. Check.
A classe baixa vai para a miséria (que ao contrário do que diz Leite Campos, não são bem 1000 euro…).

O que farão aquelas pessoas na casa dos 40 anos, com o 9 ano de escolaridade que vão perder o emprego? Nem em tempos de vacas gordas estas pessoas conseguem novos empregos, quanto mais agora. O nosso país tem 9 ou 10% de profissionais com frequência universitária pelo que não é dificil perceber que não são estes a maioria da classe trabalhadora. Quanto mais subirá o desemprego? Acho tudo isto desesperante. Gostava no entanto de acreditar que a vitória da direita poderá trazer algo de positivo. Penso, penso e nada. A sério. Não consigo encontrar uma só mais valia.

Para quem ainda tem ilusões sugiro uma voltinha por terras gregas.

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