Percebo muito pouco de economia.
Estarei talvez ao nível de um Guterres mas com a tabuada na ponta da língua.
Sim, porque eu ainda sou do tempo em que se cantava a tabuada na sala de aula e falhar siginificava reguada com uma molin de 50cm. Grossinha, grossinha.
Agora apetecia-me divagar e perguntar porque razão os putos vão hoje em dia para a escola com uma máquina de calcular? A geracão de hoje puxa do telemóvel para fazer 24 + 76.
Estamos a criar um conjunto de monos que sem um teclado não consegue dar um passo, mas adiante. Estou a ficar velho.
Economia…
Comeco a ver à minha volta alguma euforia com a entrada de capitais chineses na Volvo.
Passo a citar:" É bom para a Volvo, para Gotemburgo e para a Suécia".
Discordo.
A única coisa que podia ser boa em simultâneo para estas 3 entidades era mais do que 7 dias por ano com calor. E aqui calor significa que o mercúrio passa dos 25...
Para mim, a lógica da coisa está no custo.
Os chineses fazem carros com a qualidade de um tupperware (é sempre um ponto alto de qualquer post quando se escreve 'tupperware'). Mas fazem-nos aos pontapés e com baixo custo.
O dinheiro, segundo me explicou um amigo economista, é finito e é a sua circulacão que define o ritmo da economia. Ou seja, se existe uma quantidade X de dinheiro e se neste momento há pouco aqui terá obrigatoriamente de haver mais algures. Se percebi a explicacão é mais ou menos isto. Ora, o algures neste momento fica na Índia e na China.
O facto de o governo do Zimbabwe imprimir notas por dá cá aquela palha (outra expressão que aprecio) não encaixa nesta definicão do dinheiro finito. Mas como disse ali na primeira linha, pouco percebo da poda.
Voltando aos chineses….
Na minha opinião eles vão seguir o modelo do costume. Injectam dinheiro e comecam a dar ordens. Enchem os corredores de Liu Pengs que aprenderão com os engenheiros suecos. Com o conhecimento técnico adquirido passarão então a producão para a China, construindo assim (em teoria) Volvos com a mesma qualidade mas com um custo muito mais baixo.
As empresas europeias estão a mudar as suas producões para a China. A Airbus por exemplo já faz aviões em terras de Mao (a ver se descubro qual é o modelo para não entrar nele). Há N exemplos de empresas que vão atrás do lucro através dos baixos salários dos empregados e, por alguma razão que me escapa, alguns dos meus colegas parecem acreditar que os chineses comprarão a Volvo para manter tudo aqui e ter um custo por cabeca 100 vezes maior em cada carro.
Ora…vocês que percebem de macro e micro dir-me-ão que isto não faz sentido. Eu também acho que não.
É certo que este modelo tem mais 2 ou 3 décadas e depois fica esgotado. Mas também é certo que essas 3 décadas são as que me restam de trabalho portanto, há que ir a jogo.
China e Índia são os low cost do momento. Quando o crescimento trouxer melhores salários passam tudo para África e quando já nem África der lucro pelos baixos salários, criam um novo continente, bem miserável de preferência ou passam tudo para a Antártida e ensinam os pinguins a apertar parafusos.
Eu apostava nos pinguins. Meio-quilo de chicharro e não chateiam.
Sem comentários:
Enviar um comentário