"Grace mandou guarda-costas agarrar profissional do 'Sunday Times'
A primeira dama do Zimbabwe, Grace Mugabe, de 43 anos, agrediu um fotógrafo britânico em plena rua de Hong Kong, na China, quando este tentava captar imagens suas em férias há uma semana. Furiosa por ter sido descoberta a sair do luxuoso hotel Shangri-La, onde ficou hospedada numa suíte que custa cerca de 670 euros por noite, Grace ordenou a um dos seus seguranças que agarrasse Richard Jones, fotógrafo do Sunday Times. E agrediu-o em seguida com ar de louca, segundo relatos de turistas que foram ouvidos por aquele jornal.Os vários cortes que o fotógrafo apresentou na cara foram causados pelos anéis de diamante usados pela mulher de Robert Mugabe. Além disso, refere o semanário, a mulher do Chefe do Estado zimbabweano envergava na altura uma écharpe de caxemira de cor vermelha, uma mala Jimmy Choostyle no valor de 2 200 euros e uns óculos Cavalli. Grace chegou a Hong Kong no dia 9, para visitar a filha, Bona, que está a estudar nesta cidade, mais alguns familiares e amigos. E Mugabe, que tinha estado com ela em Singapura, voltou, entretanto, a casa, um país onde a epidemia de cólera já roubou mais de duas mil vidas, onde a economia está de rastos e a inflação ultrapassa os 231 milhões por cento.Isso faz com que as extravagâncias da primeira dama, a quem os zimbabweanos chamam de disgrace, sejam bastante criticáveis. Antiga secretária e amante de Robert Mugabe, hoje com 84 anos, Grace ascendeu a primeira dama quando a primeira mulher do ditador zimbabweano, Sally, morreu em 1996. Ela e Mugabe tiveram depois três filhos: Bona, Robert e Chatunga. Várias vezes acusada de incentivar as ideias extremistas de Mugabe, outrora considerado um herói da luta anticolonização no Zimbabwe, Grace apoderou-se de várias das quintas que foram retiradas aos fazendeiros brancos britânicos. O seu gosto pelas compras no estrangeiro é conhecido. Antes frequentava as melhores lojas de Paris, de Nova Iorque e de Londres. Mas quando europeus e americanos decidiram impor sanções contra o regime do marido teve que rumar a oriente, tanto para fazer compras, como para passar férias. Assim, Grace e Mugabe passaram a ser vistos mais vezes na Malásia ou na China, o grande aliado que tem evitado o endurecimento das medidas contra o regime do Zimbabwe no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Além de lhe vender armas. Mas a pobreza do povo não incomoda Grace que, em 2008, aproveitou a cimeira da FAO em Roma para gastar 80 mil euros em compras nas melhores lojas. Isto enquanto o marido discutia, na reunião, o problema da escassez de alimentos. Mas aquilo que melhor ilustra o desprezo da primeira-dama pelos zimbabweanos é a resposta que um dia deu quando lhe perguntaram se não se sentia mal em usar sapatos Ferragamo enquanto as pessoas morriam à fome no seu país: "Eu tenho pés muito pequenos e por isso só posso usar sapatos Ferragamo."Quanto ao fotógrafo, esse só foi ouvido no sábado à noite pelas autoridades de Hong Kong. O guarda- -costas foi preso pela polícia e as autoridades estão agora a analisar as imagens de videovigilância. À primeira dama, por enquanto, não se sabe o que pode acontecer."
in DN
Convenhamos que em África, continuar a discutir a colonizacão como causa de todos os males, é o mesmo que culpar os aborígenes australianos pela taxa de cancro de pele no país.
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