Aprecio deveras o escabeche que se montou com as faltas dos deputados.
Aprecio também usar a palavra escabeche e nesse sentido, o meu obrigado aos camaradas deputados pela deixa.
De uma forma geral, aprecio apreciar.
Deixemo-nos de ironia.
Deixemo-nos não!
Deixo eu a ironia, já que largo o meu discurso na primeira pessoa do singular. Se fosse brasileiro poderia largar o mesmo discurso na terceira pessoa do singular, mas seria muito mais difícil de compreender.
Assim é cristalino.
Porquê tanto azedume minha gente?
Porque vão aborrecer a Manuela com detalhes?
Sim senhor...alguns assinaram e foram para o spa nas amoreiras e outros nem lá meteram os pés.
Certo...também entalaram a votacão.
Mas...e depois?
A votacão é o climax da visibilidade. É o momento em que levantam o braco (ou carregam no botão) e por isso, mais facilmente se detectam as baldas.
Foi azar.
Podiam ter combinado e não se baldavam todos ao mesmo tempo. Deu nas vistas rapaziada.
Ainda assim, já que se fala no funcionamento da democracia e coisas bonitas, parece-me bem mais prejudicial ter aquela malta a dormir o ano todo na assembleia.
Vejam os debates, as sessões de esclarecimento ou qualquer outra coisa que meta discussão. Consoante o tema (além dos líderes da bancada) são quase sempre os mesmos que falam. Há deputados que passam a legislatura sem abrir a boca. Não sei que contribuicão dão nas comissões e demais tachos, mas mais de 50% daqueles artistas são tão importantes para as discussões na assembleia como o estuque das paredes.
Se repararem nas faltas no parlamento europeu, também são os portugueses (com o Deus Pinheiro à cabeca) os que se esticam mais nos corredores. Está no sangue. Uma vez no poleiro, há que gozar a vida. Profissionalismo e sentido de dever, fica para mais tarde.
Um conselho rapaziada, para a próxima passam uma procuracão ao Rangel e ele vota por todos. Ninguém nota e evitam aquele aborrecimento de atender o telemóvel a meio da massagem.
Parece que não, mas ainda é uma macada.
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