segunda-feira, setembro 18, 2006

O caracol

Sinto-me como se tivesse carragado baldes de massa durante o fim-de-semana...
Saco, saquinho, sacão...mala, malinha, malão. "Tinha ideia que não era tanta coisa!", teimava o meu cérebro em afirmar.
Empacota, carrega, limpa...descarrega, desempacota, limpa. Foi esta a sequência mágica que nos fez chegar à noite de domingo completamente de "rastos".
Entre alguns "brindes lúdicos e com folhos" que o senhorio fez o favor de lá deixar, instalámo-nos e fizemos o reconhecimento do novo espaço. Mais metros (o que significa mais tempo de aspirador nas mãos), mais gavetas (que aposto que na altura da próxima mudança estarão cheias de coisas que aparecem não sei de onde), mas sobretudo mais conforto. Essa é a parte boa.
Na parte do "desempacota" ia aproveitando para dar um olho na tv. Ontem foi dia de eleições na Suécia. Não havia Manuela Moura Guedes a gritar, Pacheco Pereira a filosofar ou M. Sousa Tavares a cascar, o que dificultou a "leitura" dos resultados, mas os clássicos gráficos das percentagens ajudaram!
Ao que parece, a esquerda no poder desde 94, foi derrotada pela aliança de direita. O slogan máximo destes era baixar os impostos. Nos últimos 70 anos, só por 9 anos a esquerda não esteve no poder e, segundo rezam as más linguas, no último mandato da direita (90-94), a dívida externa triplicou num valor semelhante ao que o país acumulou em toda a sua história. Desde então (94) aumentaram os impostos para compensar esta dívida externa, que entretanto se tornou quase insignificante. Os líderes da direita vencedora são fiéis seguidores de Bush e mais conservadores em relação aos emigrantes. De qualquer forma, uma mudança no poder é sempre benéfica e evita a multiplicação de "vícios".
Veremos daqui a 4 anos.

3 comentários:

marília disse...

Seguidores de Bush...? HELP!

Anónimo disse...

Também li sobre as eleições e hoje vi as noticias aqui no Portugal sobre o mesmo tema. Reza assim:

A vitória da direita, a confirmar-se, representa um terramoto político na Suécia, onde a social-democracia se manteve no poder durante 65 dos 74 últimos anos e criou o Estado-Providência de que os suecos se orgulham hoje.

A Aliança, coligação de centro-direita de Reinfeldt, de 41 anos, rival do actual chefe do Governo, que lutava por um terceiro mandato, beneficiou do factor novidade do seu líder, que se estreou em eleições legislativas.

Persson, 57 anos, dez dos quais passados à frente do Governo sueco, foi vítima de desgaste e frequentemente acusado pelos seus detractores de ser autoritário e arrogante.
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É pagar para ver...

Xana

Tiago Franco disse...

O G.Persson, antigo primeiro-ministro, defende o "estado-social", mas ao que parece está a construir uma "mansão" de milhares de coroas enquanto a mulher se aposenta com uma "reforma dourada" (onde é que eu já vi este filme??).
Este tipo de coisas por estes lados não são admitidas. Político que não ande de autocarro e viva numa casa modesta, não é tolerado :)