terça-feira, novembro 05, 2013

Profissionais do ramo...



Porque razão terá respondido Jesus, no fim do jogo contra os gregos, "tás na xampions, empatar é bom"? O jornalista não fez o passe para o Cardozo marcar. Foi o saudoso Roberto. Também não foi o jornalista que ficou a dormir no golo grego. Foi o Luisão. Que eu saiba o rapaz da TVI nem sequer se molhou naquele dilúvio que Lisboa não via desde o reinado de D.João V, o magnânimo.
Então...de onde vem este hábito de envolver quem questiona na accão que se vai narrar? Não percebo. Mas na mesma caixa do "é assim" e do "comer" fariam um belo coral no fundo do Atlântico.
Mas que seja.
Estás num jantar. Sim, tu que estás agora sentado na pia e não queres voltar para o computador.
Na sala estão várias mesas, em cada mesa juntam-se pessoas da mesma profissão.
Economistas, advogados, jornalistas, engenheiros, gestores e revisores da Carris. Não pertences a nenhuma destas classes profissionais...onde te sentas?
Na mesa dos gestores fala-se sobre como abrir a boca sem dizer nada. Entre economistas discutem-se termos que todos leram numa sebenta mas ninguém sabe para que servem. Os advogados estão a olhar para as pernas das jornalistas. Os engenheiros abordam o drama da bateria do novo iPhone.
Sobram, no que a conversas interessantes diz respeito, as mesas dos jornalistas e dos revisores da Carris.
Há menos bigodes na primeira e tu dizes: "posso-me sentar?"
Depois? Depois descobres um mundo novo e era aqui que queria chegar...
Nos ultimos dias andei com uma equipa de reportagem aqui em Gotemburgo. Fizeram o favor de vir conhecer o pessoal da mala de cartão a propósito do Portugal vs Suécia, da próxima semana.
Gente simpatiquíssima e, como seria de esperar, muito interessante. Jornalistas têm histórias para uma vida e, como dizia uma amigo alemão, podia trancar-me numa cave a ouvi-los sem me aborrecer.
Falaram com as geracões mais antigas, que há décadas chegaram a Gotemburgo. Conheceram aqueles que deram à costa já no reinado de Passos. A todos perguntaram os porquês. Entre boa conversa e alguns sorrisos, encheram um caderninho de notas e um "rolo" de fotografias.
Para quem vive aqui, acho que foram dias diferentes. Nunca, que eu saiba, a "metrópole" tinha visitado esta comunidade que por aqui anda há 50 anos. Para mim foi uma espécie de encanto ver jornalistas tão de perto.
Gente boa. Imagino que nesta profissão não seja assim tão dificil acordar e sair da cama.
Nós vamos para um escritório, vocês para uma redaccão.
O Clark Kent nunca trabalhou com integrais ou teorias macro-económicas, pois não? Não há charme, romance ou adrenalina na Lei de Ohm. Todos percebemos isso.
Experiência boa, para mais tarde recordar.
Sai este domingo, na revista do DN/JN. Comprem um exemplar para a minha avó, sff.



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