Sobre esta notícia, que tanta tinta fez correr na semana passada, recomendo a leitura de alguns blogues de direita mais fanáticos. Há de tudo um pouco e argumentos que, quando acompanhados de um bom pastel de nata, fazem a delícia de qualquer pequeno-almoco. Só me faltam os pastéis.
Li coisas muito giras como, por exemplo, "tirar criancas de instituicões para as dar a homossexuais!!". A pergunta aqui é óbvia: perceberam a lei que foi aprovada? Huuuum...vou meter as fichas no "não".
Outra que também aparece aqui e ali: "Nas instituicões não são seduzidas e abusadas!!". Ups...soltem o Bibi sff. Era tudo mentira!
É óbvio que passámos a ser um país menos atrasado. Por muito que custe a quem parou no tempo, ali entre a cadeira partida de Caxias e as reformas da "continuidade" do Marcelo, a verdade é que, entre as desgracas que nos ensombram, conseguimos ter um rasgo de lucidez.
Sim, é melhor ter alguém que nos ame e nos queira dar tempo e atencão, seja lá qual for a sua preferência sexual, do que viver em rebanho nas paredes do anonimato.
Com tantas criancas abandonadas, com tantos Pais biológicos que não querem saber dos filhos, acham mesmo razoável condenar uma crianca ao isolamento só porque um "ambiente equilibrado", definicão de algum iluminado, deve ter a presenca de um homem e de uma mulher? Isto faz algum sentido?
Ainda por cima quando a Lei fala em co-adopcão por parte do cônjuge do pai/mãe biológico? Quem critica não pode ser deste planeta...
Uma crianca é uma responsabilidade enorme. Uma decisão que muda e condiciona toda uma vida. Se há quem queira educar, sustentar e amar...que merda interessa a preferência sexual?
Obrigado aos deputados que, pelo menos desta vez e como diria Pacheco Pereira, foram ao essencial.
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