Ao contrário do Cavaco de Boliqueime tenho poucas certezas. Não tenho muito jeito ou paciência para filosofar mas mantenho as minhas interrogacões.
Porque é que o Cardozo, com mais de 20 golos por época, é assobiado na Luz? Não percebo.
Como é que o Aníbal, em 37 anos de democracia e 20 distribuidos pelos dois principais cargos políticos da Nacão, se continua a escapar com aquele discurso do "eu bem avisei" como se não fosse um dos principais responsáveis? Também não percebo.
Como é que comecam a escrever agora no Expresso que Passos Coelho é um bluff? Isso não era óbvio desde a presidência dos jotinhas?
E a bolha do imobiliário? Bom...aqui é que me perco mesmo.
Há dois anos que penso em comprar uma palhota em Lisboa mas não consigo parar de pensar na asneira que isso representa na actual conjuntura.
O crédito está mais dificil e os bancos apertam nos empréstimos. Temos cerca de 20 milhões de apartamentos no país (para cerca de 11 milhões de habitantes) o que significa que a oferta é bastante maior do que a procura.
Por outro lado o salário médio continua a rondar os 700 euro.
Ora...tendo em conta estes factos basta olhar para o preco das casas para perceber que cada Português paga sensivelmente 3 vezes mais do que deveria.
Uma casa, tal como qualquer outro bem, tem que estar ajustado à realidade do país. Se temos salários de romeno não podemos pagar um valor norueguês por uma casa. É lógico.
A única forma de o fazer é através de excepcionais condicões de crédito que entretanto acabaram. Aquilo que os economistas premiados com o Nobel definem como "ficar enterrado até ao pescoco".
A especulacão e os lucros monstruosos dos construtores deixam ao comprador um empréstimo para a vida. Essa é uma página que se vira agora.
Com a nova lei do arrendamento e a austeridade imposta à classe média, será lógico ver uma reducão no custo da habitacão. Ou isso...ou não vendem. Imagino (e espero) eu.
Qual é entao o resumo da história? É que é tempo de esperar e não fazer asneiras. É isto? Ou estou errado? Logo eu...um rapaz tão paciente e tão pouco dado a asneiras.
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