Primeiro a banda sonora.
Hummm...huummm...encontrei, aqui está ela.
Agora sim, posso comecar a escrever.
Sempre que me deito a sonhar gosto de ouvir esta música. Em "repeat" porque a música é pequena e os meus sonhos longos.
Significa isto que ouco o sr. Luis "dia sim, dia não". Poderia ser pior.
Uma colega disse-me há uns dias, que depois de ser mãe, repensou o sentido da vida e passou a valorizar aspectos, até então escondidos, nas 24h diárias.
Antes de meter terceiros nestas coisas, gostaria de pensar no sentido das 8h de trabalho.
Há 1000 (pelo menos) formas diferentes de contribuir para a sociedade. O básico, imagino eu, é apreciar o tempo de trabalho e conseguir ainda assim pagar as contas.
Não deve ser assim tão dificil.
É que bem vistas as coisas, são 40 anos (no mínimo) de enxada nas mãos. Convém encontrar algo com sentido, senão tudo se torna um inferno.
Durante o tempo que trabalhei em Portugal, vi mais papel do que electrões. Não era bem o que imaginava quando fazia exames com o osciloscópio ao lado.
De qualquer forma, o ambiente que por lá se vivia era do melhor que alguma vez vi e que dificilmente encontrarei noutras paragens.
Acho que isso compensava o papel.
Depois de alguns anos achei que devia fazer algo mais técnico, mais "mão na massa".
Os últimos 2,5 anos têm sido passados em ambiente de desenvolvimento e novas tecnologias.
Exactamente o que procurava.
Sinto-me "uau!" ?
Não. Nem por isso.
Por esta altura do campeonato (ou pelo menos dia sim, dia não) imagino que se algum dia trabalhar na NASA direi algo do género: "Sim, mandam os foguetes e controlam os satélites, tudo muito giro, mas a questão é....onde fica a cantina?"
Parece-me que o mundo da engenharia, com todo o seu fascínio, não tem aquela luz que eu imaginava.
Admiro escritores, jornalistas, políticos (poucos pá, poucos!). Engenheiros...huummm...não me lembro assim de nenhum que eu siga na sua especialidade (tirando amigos e familiares!).
Ahh...e o Sócrates não conta. Que eu saiba ele não se destacou a fazer pontes.
Este filosofar de verão, leva-me à profissão de sonho. Num mundo perfeito, essa profissão seria escrever os guias da Lonely Planet. Estou convencido disso. Hoje pelo menos.
De uma forma geral, acho que pagar a renda com aquilo que se escreve ou diz, deve ser um espectáculo. Jornalistas que não estão a recibos verdes: vocês são uns sortudos!
Ora, como toda e qualquer funcão que eu ache interessante me está vedada, o sonho de hoje aparece com a forma de: "Como criar as 8h por dia perfeitas?"
Creio que cheguei a uma conclusão.
Abrir uma agência de viagens de turismo alternativo.
A coisa está pensada e até parece lógica.
O mercado do "vá para Cancun 7 dias tostar dos 2 lados" está gasto.
Em Portugal a classe média está a desaparecer. Os mais pobres não têm dinheiro sequer para o Algarve e os mais ricos não vão para Varadero.
Abre-se um espaco para "férias activas".
Caminhadas nos Alpes, kayak no Adriático, dormir no deserto da Namíbia, encontrar ursos polares na ponta do globo, ver a Terra do Fogo, explorar rios em África.
Há uma série de possibilidades e pouca gente a fazê-lo a partir de Portugal. A Papa-Léguas domina sem rival.
Para tudo bater certo é preciso encontrar 4 pessoas não satisfeitas com o emprego.
Alguém simpático para falar com os clientes. Daquelas pessoas com paciência de Jó. Um financeiro para aguentar as contas e manter os pés do negócio no chão. Um guia de expedicão. Uma expécie de Rambo com gosto pela natureza (este já está!). Uma ou duas pessoas para reconhecer os percursos, estabelecer protocolos com os operadores locais e escrever os roteiros.
Um destes 5 camaradas tem que ser informático para fazer/actualizar a página na net (acho que pode ser o Rambo!).
E pronto...
Custou alguma coisa?
Ahhh...bolas...já me esquecia...o financiamento!
Apresenta-se um caderno bonito, quem sabe até um ppoint e as pessoas que distribuem o dinheiro do quadro comunitário de apoio não resistem. A fundo perdido, que eu também sou filho de Deus.
Está garantido!
Até já tenho o nome: "Sonho de uma noite de verão".
Mas admito mudá-lo para algo mais aventureiro como "passa-montanhas" ou "balaclava adventure agency". Neste último caso acho mesmo que o céu é o limite.
E agora fiquem com esta que eu vou digeri-la.
Ao almoco.
Sim, já são 11h.
7 comentários:
Conta comigo, porque por aqui, é chão que já deu uvas!
Força nisso Tiago!
Sou Simpática lol ;) beijokas (nunca mais chegas pa!!!)
M.
Eu acho que é uma boa ideia! Tenho o amigo certo para te ajudar. O sonho dele era ser piloto de avião e o segundo sonho é abrir uma agência de viagens. Ah, e é simpático e tem paciência de Jó :P
Só para teres uma ideia, é ele quem geralmente atura a minha mãe quando o pessoal vai lá casa e ela começa a mostrar coisas que fez para o afilhado :P
Eu fico com a parte da gestão e com os contactos no "tourism trade"! . Contabilidade não, isso é em outsourcing que só dá trabalho e chatice.
Dinheiro? Não tenho.
Pronto esta seria a minha parte.
Eu posso ficar administrador. Todas as grandes equipas precisam de um número 10, para organizar e definir estratégias. Tu sabes! :)
Tantos insatisfeitos :)
Aceitam part-time?
:)
TF
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