Esperava encontrar esta semana a nova colega ("diz que" é uma Mexicana) para começar a passar informação antes de mudar de emprego.
Fontes próximas asseguram (sempre quis usar estas 3 palavras seguidas) que só para a semana é que ela aparece. Posso por isso descansar das férias e activar o neurónio da productividade mais tarde.
O que me apetece mesmo é escrever por isso vou divagar um pouco. (Quando acabares de ler já vais atrasada para dormir Mãe :))
No caminho para o trabalho, enquanto contemplava a lua (Sol,Sol, só lá para as 8.30h...), pensava na melhor forma de programar este mês e explicar à minha colega as suas novas responsabilidades, principais tarefas, protocolos e sistemas com que terá de trabalhar. Isso é para mim o mais difícil de fazer. Não sei explicar nada. Não tenho paciência, nem jeito e tudo que seja repetir mais do que meia vez já me aborrece. Eu tenho a perfeita consciência que não conseguiria explicar a um piolho o que é um fio de cabelo.
Começo devagar e pausadamente. Ao fim de 30 seg já fiz 50 setas tentando encurtar o caminho e a explicação. Sinto que prestei um serviço à Nação (não, não me refiro ao Porto...reparem que acaba em "ão") ao não optar pela carreira de professor.
Algo surgirá. Para a semana logo penso nisso...
Nestas 3 semanas aconteceu muita coisa sobre as quais me apetece falar. Não é que seja necessário acontecer algo para eu falar. Falo como quem respira, mas neste caso há mesmo assunto.
Saddam, Mértola, fundos da União Europeia para o interior alentejano, invasão Etíope na Somália, Europa a 27, IRS a 100% nos salários da bola e outros que tais são assuntos sobre os quais me apetece escrever, mas ficarão para próximos "posts".
O alvo do momento é essa bela instituição chamada CTT.
Começo por dizer que acho que enquanto serviço (isto é: carta enviada/carta recebida) são absolutamente excepcionais mas no que toca ao atendimento ao público deixam muito a desejar. Nesta época natalícia enchi-me de coragem e fui levantar a reforma dos meus avós. Na primeira abordagem ao tema deparei-me com mais de 50 pessoas a fazer o mesmo. Como existiam 3 lugares sentados, resolvi encostar-me no balcão a ler um romance que por lá estava anunciado. Não me lembro o nome do livro, mas o personagem principal tentava refazer a sua vida uns anos depois de uma atentado das Brigadas Vermelhas (Itália). O tempo foi passando e quando chegou a minha vez já ia no quarto capítulo. Mal chego perto da senhora e mostro o vale, vejo aqueleabanar a cabeça de olhos fechados e sem dizer nada. Não há nada pior (pelo menos que me lembre agora) do que esperar 1h num qualquer balcão e depois ver aquele abanar de cabeça claro-que-não-há-e-parece-me-bem-além-de-lógico-que-o-compreendas.
Eu, que tentava levantar a fortuna que os meus avós recebem de pensão perguntei: "Se já não há dinheiro para as pensões porque não colocaram um aviso?" ao que a senhora respondeu: "a minha colega avisou em voz alta quando acabou!!". Antes que ela me explicasse como é que as pessoas que entraram depois desse glorioso momento poderiam evitar 1 hora a secar porque ninguém conseguiu escrever numa folha de papel "NÃO HÁ DINHEIRO!!!!", resolvi tentar a sorte noutro lado.
Mal entrei perguntei: "Ainda há dinheiro?". "Sim", foi o que ouvi. Mais 1h e quando chegou a minha vez, ou melhor, quando QUASE chegou a minha vez acabou o dinheiro. Bom...saí e despejei alguns palavrões para relaxar. Não muitos que a minha vóvó estava por perto e não ouve assim tão mal.
Na terceira tentativa cheguei cedo aos correios (10h talvez) e a resposta foi a mesma. Ora, aí comecei a ficar chateado. Em Portugal a partir das 8h da manhã a população com mais de 75 anos está ou no centro de saúde ou nos correios. Isto é um clássico, não vale a pena discutir. Apesar das reformas serem uma miséria, no mês de Dezembro multiplicam a miséria por 2. Sabendo disto, aquela malta que anda de gravata na administração dos CTT nunca pensou em aumentar o "budget" nesse período ou diminuir os intervalos de entrega do mesmo? Alguns dias depois e à quinta tentativa lá consegui resgatar as pensões. A ferros mas foi!!
CTT e Dezembro? Não, obrigado!
5 comentários:
ora aqui ficam multiplas razoes no teu pp post para perceberes a razao pela qual vives fora...
Belo comentário da Clara :)
Cá para mim isso teve alguma coisa a haver com as greves de Dezembro...
Os CTT atravessam uma fase complicada, mas nunca pensei que fosse tão complicada. Já pensaste em dizer aos teus avós para tratarem de receber a pensão por transferência bancária? Os meus avós tem isso e foi uma maravilha.
P.S. - Bem voltado ao blog!
A tua indignacao e irritacao é perfeitamente fundamentada. Mas faco-te uma pergunta: pediste o livro de reclamacoes, bem como, o nome das pessoas que te responderam mal ou com informacao errada? Conhecendo-te, parece-me mais q optaste pela solucao que, infelizmente 95% dos portugueses optam: praguejam, viram as costas e vão para casa contar a todos o que se passou. Mas nunca "contam" no local e meio apropriados, o livro de reclamacoes!
E pensar que nao irá surtir efeito, é o segundo pensamento de 98% dos portugeses que o utilizam para desculpar a sua propria falta de vontade em reclamar.
Se reclamaste devidamente, fizeste muito bem!
A ideia da transferencia bancária é excelente, nem sabia que ja existia. Se bem que a maioria dos idosos não tem MB ... bom, mas tem que se comecar por algum lado!
beijos,
xana
Nos CTT não reclamei(estava com pressa)...mas na CUF Descobertas sim :)Escrevi no livro e tudo :)
O mundo gira e muda!
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