6.30h da manhã.
Debaixo de mim um banco de comboio.
Vermelho, confortável e quente. Pede-me que deixe os olhos fechados mais 45 min.
Preparo a música e tento não contariar a vontade dos ossos.
Nas mãos algumas gotas de "Little London" ainda escorrem do casaco.
Abro um jornal que me tenta embalar.
A cada folha que passa mais as letras me fogem e os sonhos começam a bater na porta dos fundos.
Já com o braço movido a ilusões chego à página central.
A porta fecha-se e os sonhos não entram.
Os olhos abrem-se em simultâneo e o sorriso acompanha-os.
O Tejo apareceu. Calmo, quieto e perfeito.
Longe, bem longe, reflecte nos meus olhos o brilho do entardecer.
Tento absorver aquelas 3 páginas com imagens e descrições de Lisboa. Não há qualquer novidade, tudo me é familiar, mas quero ler. Quero perceber como retratam a minha cidade. Mas não consigo.
Olhei em volta e todos absorviam a mesma informação. Todos conseguiram ouvir o que aquelas folhas tinham para contar, excepto eu.
Mas o calor aconchegou-me e o sorriso não mais me largou.
Todos perceberam Lisboa, mas só eu a senti.
Segunda é ao vivo e a cores.
Hoje é dia de sorrir.
Bom dia.
4 comentários:
E estou aqui em Lisboa a sorrir contigo!
:o)
:)
o "nosso rio" é sempre o "nosso rio"... ou nao?:)
:o)
Sabe tão bem ver o "nosso" cantinho quando estamos fora :)
Então boas férias :)
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