quinta-feira, dezembro 27, 2012

Au revoir France...


E por aí, todos mais balofos com as rabanadas? Também vos custou entrar nos jeans esta manhã? Que sofrimento.
Vamos falar um bocadinho do Cirano de Bergerác? Vamos, vamos? Ou é cedo?
Vá lá, só um bocadinho. O Benfica nem sequer jogou, temos que encher com coisas sérias.
Não simpatizo particularmente com Gérard Depardieu. É um princípio de vida que aplico a todos os que urinam nos corredores dos aviões. Contudo, confesso-me solidário com a sua mais recente atitude de abdicar da nacionalidade francesa e emigrar para terras de Tintin.
Para comecar…quem é que quer ser francês? É gente que inventa perfume para nao se lavar e que presta vassalagem aos alemães desde a década de 40 do século passado. Ah e tal o Asterix e o Zidane! O Asterix nunca existiu e o Zidane veio da Argélia. O Napoleão era um meia-leca extremamente irritante e a Edith Piaf passou metade da vida chateada. Non, rien de rien.
Sim, o Dartacão era o maior, mas ficamos por aí.
O governo de Hollande resolveu tributar os mais ricos em 75% dos seus rendimentos. O Geraldo não esteve com meias medidas e fez-se à estrada. Tal como outros já tinham feito. Em Franca ou noutros países europeus. Rolling Stones, Sean Connery, Bono e metade da equipa olímpica sueca que vive no Mónaco.
Faz da parte da cartilha típica da esquerda a perseguicão aos mais ricos. Eu não alinho pela mesma partitura.
Sim, acho que os mais ricos que o passam a ser depois de roubarem o erário publico devem ser perseguidos, esmifrados de dinheiro e se possível, presos. Agora, quem enriquece com o seu trabalho, talento ou sorte, não deve ser castigado, só porque sim.
Os ricos em Franca devem contribuir com 75% dos seus rendimentos para ajudar na crise. Pouco importa a ideologia de esquerda ou direita neste caso. 75% não é um imposto, não é uma contribuicão para um estado social. É um assalto puro e duro. É a nacionalizacão do trabalho e dos rendimentos. É um absurdo estupidamente incompreensivel.
Só por curiosidade fui ver o valor máximo praticado na Suécia, na tabela de impostos que uso para as minhas deducões. Vejo 57% para rendimentos mensais superiores a 2566201 sek, qualquer coisa como 300 000 euro por mês. Já dói.
Acusam Depardieu de não ser um patriota. Pergunto, mas anda tudo doido? Deve alguém dar quase a totalidade do seu rendimento para suportar o combate à dívida externa? Deve o indivíduo trabalhar apenas para injectar dinheiro num sistema altamente viciado e corrupto?
Há para mim uma espécie de barreira moral nos 50%. A partir daí entramos no campo do obsceno. Principalmente se tivermos em linha de conta que estes Estados que agora apertam os contribuintes criaram as monstruosas dívidas externas por culpa própria em negócios ruinosos, sempre polvilhados com corrupcão qb.
Transportem o aumento de impostos para o caso nacional. Vejam a excelente reportagem da SIC sobre o caso BPN. Tudo resumido a história é esta: o banco emprestou dinheiro a todos os amigos e compadres que o usaram e nunca pagaram de volta. A dívida, que pode chegar à loucura de 7 mil milhões é agora dividida por vocês. E para conseguir pagar aumentam-se impostos. Tão simples quanto isto.
Se estivessem no lugar do Depardieu e tivessem que pagar os BPNs lá do sitio, o que faziam?
O Putin quer dar-lhe um passaporte e os belgas uma palhota numa vila junto à fronteira? Vai camarada. O Hollande que vá limpar a carteira do Sarkozy que ainda está cheia de dólares do Khadaffi….

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