Zé, faz a trouxa! Vamos a Fortaleza amoriiiii!

Comeca a ser um esforco de imaginacão suprema tentar perceber os funcionários da TAP.
E eu sou pouco imaginativo. Problema primeiro como diria Manuel Machado.
A TAP é, desde que eu me lembro de ser gente, uma empresa a saque. Nos últimos anos o Fernando Pinto tem optado pela estratégia do mal menor. Ou seja, de cada vez que os sindicatos (14) aparecem com exigências idiotas ele faz contas. A greve custa X, o que eles pedem custa X-Y. Normalmente dá-lhes X-Y-Z e consegue a paz. A empresa perde menos, mas perde sempre.
Então e desta vez?
Um sindicato qualquer (não tenho paciência para pesquisar o nome) ameacou com 10 dias de greve. A queixa? Não queriam a reducão de um elemento da tripulacão. O presidente do sindicato, um Ricardo qualquer coisa, disse que isso até seria pôr em causa a seguranca dos clientes. Admitindo que a reducão era numa hospedeira...espera aí Ricardo....ahahahahahaha. Não estou bem a ver. Seguranca e cafés?
Adiante.
Fernando Pinto pegou na calculadora. 10 dias representam falência. Se der um doce a estes gajos aguento a empresa até à privatizacão. Do outro lado o pensamento é mais ou menos o mesmo. Até à privatizacão há que chupar o mais possível.
A greve foi desconvocada. A troco de quê? Segundo o JN, de mais viagens para os acompanhantes dos funcionários. Ora...a minha pergunta aqui é simples. Como cliente da TAP, de que forma é que isto melhora a minha seguranca? E já agora, de que forma é que isto melhora as condicões de trabalho dos funcionários da TAP?
Pois. É isso. Limitaram-se a aumentar um rol de previlégios que já é absurdo, porque esse é, apesar de tudo, o mal menor.
Nunca percebi porque razão viajam de borla os trabalhadores da TAP e respectivos acompanhantes. A sério. Qual foi o artista que se lembrou que isto podia ser bom para a empresa?
Por acaso o gajo do IKEA leva para casa móveis de borla? Ou os funcionários da Autoeuropa saiem de lá montados em Sharans?
Leio comentários, imagino eu de funcionários da TAP, indignados com esta imagem de chupistas que se vai espalhando. Esgrimem em defesa da companhia que esta gera milhões em impostos para o Estado e que há mais de 10 anos, por causa de uma imposicão comunitária, não recebe qualquer verba do OE.
Mas então...como é que uma empresa que todos os anos acumula prejuizos enormes (se não me engano nos 37 anos de democracia a TAP teve 3 anos com lucro e dois deles foram com injeccão de capital pelo governo do Guterres) consegue aguentar-se no mercado e pagar salários? Se vive com prejuízo há décadas, alguém tem que segurar o crédito. Pode não vir do OE, mas lá que vem do erário público de alguma forma, não tenho dúvidas. A não ser que a TAP seja uma espécie de fenómeno matemático. Sim, também pode ser isso.