Obama discursou esta noite para o mundo árabe. Tunisia, Egipto, Síria, Irão, Iraque, Líbia, Palestina.
Uns já se qualificaram para receber "ajuda" na transicão para a democracia (Egipto e Tunisia), outros arriscam-se a levar uns caldos (Síria) e há quem já os esteja a levar (Líbia). Há os que estão entregues à sua sorte (Palestina e Iraque) e aqueles que vão causar o impacto maior (Irão). Vale a pena ouvir.
E isto porque o homem é brilhante. Um orador de excelência. Ouvi-o em directo na CNN (quem diria...) e no fim só me apetecia correr para a faxa de Gaza e pedir aos camaradas locais que se entendessem.
Uma pessoa quase que acredita que é possível.
Foi na parte de Israel que me perdi um pouco. Os EUA vão continuar a apoiar aquela malta. Certo. Nada de novo. Mas o que diz ele sobre as negociacões com a Palestina? "Se Israel quer viver em paz e criar dois estados, então tem que aceitar recuar para as fronteiras de 1967".
Não, não, não camarada. Estavas a ir tão bem...
Israel tem que recuar para as fronteiras de 1947 e perceber que essas (por via dos ingleses) já foram roubadas à Palestina. Ou seja, ao aceitarem o que lhes foi dado (e roubado a outros) já estão a contar com a "boa vontade" destes.
As fronteiras de 1967 resultaram de confrontos bélicos, ou seja, são ocupacões. Como aquelas que o Hitler fez na Polónia, Áustria, Franca, etc. Ou as do amigo Estaline entre o Báltico e a Ásia Central.
Se condenamos essas, porque validamos a invasão da Palestina?
Sem comentários:
Enviar um comentário