Agora que já me passou a neura da bola, resolvi virar-me para assuntos menos importantes como o futuro da Nacão. Certo, estamos quase no nível “junk” atribuído pela Moody’s e ao que parece em quarto lugar no top mundial de bancarrota mas, meus amigos, perante a perda do campeonato, isto são amendoins. Peanuts como diria a Moody’s. Ora…e quem são estes cromos e porque influenciam o destino de um país? Tu que és economista e que me lês, corrige aí se eu disser alguma bacorada. A Moody’s avalia a República Portuguesa como se fosse uma empresa. Perante essa avaliacão os possíveis investidores percebem a saúde da “empresa” e calculam o risco de lá colocarem dinheiro. Em teoria, quanto maior for o rating da Moody’s maior será a probabilidade do investidor ter retorno. Quando a Moody’s baixa a nossa classificacão diz aos investidores que a probabilidade de perderem dinheiro é grande, ou seja, ninguém nos empresta dinheiro e ficamos sem qualquer outra hipótese que não seja recorrer ao FMI. Agora…quem é a Moody’s e porque razão tem este poder? Essa é a parte que não percebo. Porque não dizemos simplesmente à Moody’s e às outras do género para irem morrer longe? Porque aparentemente quem tem a mão no dinheiro acredita neles. E acreditam neles mesmo que as suas avaliacões falhem, como tem acontecido. Aqueles gigantes americanos que foram ao ar em 2008 eram investimentos seguros… Esta Moody’s, entre outras pérolas aumentou o seu próprio rating para permitir um aumento salarial aos seus gestores. Isto não parece um pouco imoral? E agora…quem é que tem a mão no dinheiro? Esta é a minha parte preferida. Entre as várias entidades que emprestam dinheiro ao governo Português, estão, como seria de esperar, bancos Portugueses. Ora…estes bancos, vendo a classificacão a aproximar-se de “lixo (junk)” resolvem afastar-se para não perderem dinheiro. E isto é que é brilhante…os mesmo bancos que foram salvos com capital publico e benefícios fiscais únicos, são agora aqueles que alegremente dizem: “orientem-se”. E tudo porquê? Porque a Moody’s diz que sim. A Moody’s, com quem o BES rescindiu contrato depois de uma má avaliacão do banco algures em Outubro de 2010 (lembro-me de ouvir o Ricardo Salgado dizer que a avaliacão não tinha credibilidade e não estava correcta), já é uma entidade credível e autorizada quando o avaliado não é o BES. Se isto não é maravilhoso eu vou ali e já volto. A minha sugestão é muito simples. O Governo que tenha a coragem de taxar os bancos e não permita que eles passem o imposto para o consumidor. Todos os 0,3 euro cobrados por servicos que ninguém percebe o que são desapareciam e acabava-se a mama. Os consumidores podem ajudar também. Passem no vosso banco e levantem as economias. Com os cofres vazios sempre quero ver se ligam tanto ao que a Moody’s tem para dizer.
1 comentário:
Sem dúvida, se todos assim o fizessem, os bancos "piavam fininho" e não como os salvadores da "pátria".
Pena eu tenho, de não ter lá uns milhares... para os poder tirar!
E eles sentirem na "pele", o que nós sentimos todos os dias...!
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