terça-feira, junho 15, 2010

Olha...e se metessem as vuvuzelas piiiiiiiiiii

Não se pode dizer que a "abola" não ande a investir na cultura. Olhai ali para as datas em que os nossos navegadores (os outros, os que andavam de barco) cruzaram importantes pontos do continente africano. Sempre a aprender...
Queria dizer uma patacoada ou duas antes da bola começar a rolar para o Fábio Coentrão, mas altos valores (quase sempre embrulhados numa fralda) falaram mais alto.
Mas...o Queiroz fez-me o favor de poupar o meu latim. O jogo contra a Costa do Marfim explica com cores o que me apetecia dizer. Não há vontade, talento nem confiança. Em dois anos de Carlos Queiroz a nossa selecção fez um bom jogo (contra a Dinamarca na Luz), ao nível dos jogadores que tem. O resto foram penosos 90 minutos de "logo se vê". Convém lembrar que Portugal está no mundial porque a Dinamarca fez o favor de arrumar a Suécia e não pelo brilhantismo da nossa caminhada. Assim sendo, se em dois anos não deram uma para a caixa, porque razão o fariam agora?
Enfim...acho que nunca tive tão pouco interesse por um mundial nem tão poucas expectativas quanto à nossa prestação.
Achei curiosa uma das primeiras declarações de C.Queiroz em solo africano: "Há 20 anos também se riram de mim!"
É impressionante...este homem continua a viver dos títulos de juniores conquistados há mais de 20 anos. Desde então acumulou uma carreira de falhanços (não sei se servir café ao Alex Ferguson conta como sucesso), alguns deles históricos e continuamos, alegres e serenos, a vê-lo desbaratar o capital acumulado por esta selecção nos últimos 10 anos.
Já agora...o próprio mundial...que esfrega monumental. Salvo honrosas excepções, joga tudo a medo, para o pontinho e com as estrelas presas por arames. E aquelas vuvuzelas...por favor, não há paciência.
Devolvam-me o Benfica. E rápido.

1 comentário:

Helena Barreta disse...

A nossa selecção está cheia de jogadores que parecem fazer um enorme frete e comportam-se no campo como se nos tivessem a fazer um favor em jogar pelo país que ainda pára, mesmo em tempo de crise, para os ver jogar.

O Ronaldo, ontem, nem o hino cantou.

A nossa selecção e o seu seleccionador acham-se os maiores e falam em ganhar, mas trabalhar, ter espírito de sacrifício e ir à luta não é com eles, devem pensar que as vitórias vêm ter com eles porque sim. Até no futebol temos mentalidade tacanha, pequenina. Tristeza.