segunda-feira, junho 29, 2009

A banca

A tão badalada qualidade da manta que cobre a banca portuguesa vai, de notícia em notícia, ficando com mais retalhos.
Depois do BPP e do BPN, verdadeiros casos de polícia que acabaram no bolso dos contribuintes, surge Jardim Goncalves e o BCP. Um esquema bastante simples e que durante anos permitiu uma lotaria anual para os administradores com base em resultados "martelados".
Ainda se discutia as implicacões deste caso e já os jornais noticiavam a reabertura do caso Portucale. Se bem se lembram, esta investigacão procura provar alegados favorecimentos ao grupo Espírito Santo por parte de alguns ministros (do CDS/PP) em troca de financiamentos ao partido. O caso Portucale, a ser provado, destapa a promiscuidade que todos sabem existir entre o poder político e a banca. Mostra também como um partido pequeno no governo pode fazer mossa. É bom lembrar que CDS e Paulo Portas, campeão dos processos arquivados, correm as feiras do país a gritar pelos velhos quando há menos de 4 anos enchiam os bolsos. E não vale a pena falar nas fotocópias, nos submarinos, nas promocões, na Moderna. A memória colectiva não pode ser assim tão curta.
Comeco a ficar com pena do regulador. Nem com bolas de ferro presas às pernas se consegue controlar esta malta...
Se a esta confusão dos privados juntarmos as reformas da CGD comecamos a pensar se o colchão não deverá regressar ao papel de fiel amigo.

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