Enquanto a agência de viagens "Backpack & toothbrush" não vê a luz do dia, vou aproveitando as raras hipótese de viagem que a profissão permite.
Não quero ser mal agradecido (calma patrão, calma!), afinal, até me oferecem um lugar na Ryan Air e tudo. Não sei qual é e isso aumenta a expectativa. A decisão comeca no momento em que abrem a porta e todos corremos arrastando as malas para apanhar aquela vaga da janela.
É aventura, divertimento e porque não, dignidade na labuta.
Ne pas d'argent dizem eles.
Adivinho promocões no Feira-Nova: "Na compra de 1 six-pack Sagres, leve um Volvo".
Deveríamos ir em magote.
Para um daqueles aeroportos com prédios e vida por perto.
Vou só eu.
Para um pasto no meio de nenhures.
E de Ryan Air.
Finalmente consegui usar a expressão magote.
Encaixou como uma luva.
Mas tudo bem.
Passeata é passeata e eu não olho a nomes.
O grande problema mesmo é a profissão.
Não há nada a fazer. Segundo um estudo (eu no google), não há fabricantes ou fornecedores da indústria automóvel num sítio bonito. E isso, lixa-me as passeatas pá.
Já sei, já sei...trabalho é trabalho, conhaque é conhaque.
Tudo muito bem.
Mas se depois do suor, se proporcionar um jantar com vista para o canal, não dizemos que não, certo?
Para ter uma profissão de sofrimento constante teria escolhido a de ciclista, mesmo com o handicap de não ter sotaque de Viseu.
As "cidades automóveis" são para lá de feias. Tipicamente, é um subúrbio, onde a vista predominante é uma chaminé Chernobyl e toda a "cidade" vive e trabalha no mesmo sítio. Nada fora daquelas paredes existe.
É feio.
Muito.
De certa forma, é como viajar para Lisboa e passar 1 semana na Póvoa de Sto. Adrião.
Desde que vim para a Volvo, o destino é sempre um subúrbio de Estugarda. Feio, que dói.
Desta vez, a bem do olhos, ficarei na cidade. Pelo menos janto sem vista para a chaminé.
A pergunta que se impõe: quando é que a malta da panela de escape se decide a abrir um estaminé (com filtros para poluir pouco!!) nos Alpes, em Roma, Paris ou NY ?
Ou então nas Maldivas.
Esquecam lá essa história da mão de obra barata do Leste. O bom gestor é aquele que aposta nas Maldivas.
Pensem comigo.
Dentro de umas décadas, a subida do nível do mar fará estragos e estas ilhas do Índico desaparecerão. Passaremos a ter vários resorts Atlântida e o pacote da agência incluirá avião+escafandro+hotel. Pequenos ajustes apenas.
Mas agora...agora é que surge a oportunidade caros gestores.
Sabendo que a terra deixará de ser seca, os locais têm que aproveitar os terrenos enquanto estes não se transformam em papa. A especulacão imobiliária funciona ao contrário e o m2 é mais barato do que em Fortaleza. Sim, isso é possível.
O que esperam?
Uma producão de carros com respectivos fornecedores num canto de uma ilha.
Só para não incomodar as pessoas.
Se chatearem muito escolhe-se uma desabitada.
Não deve ser dificil. Existem 993.
Vá, pensem lá nisso.
Ps - Volto para a semana.
Ps1 - O Glorioso conseguiu finalmente ganhar um jogo contra marrecos. Marcaram 1 golo e ganharam 2-1. Valentes.
Ps2 - O título é "republica das maldivas" em xiribiri local. Foi dificl de escrever só com as teclas dos acentos e aspas mas safei-me.
1 comentário:
Boa viagem! :)
Eu compro o pack, tu ficas com as cervejas e eu fico com o Volvo que pelo menos deve andar um bocadito mais que o meu 106.
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