Alberto João inaugura estradas, estacões de tratamento de águas, quiosques e bancas de algodão doce.
Vale tudo menos arrancar olhos. Nos comícios aproveita e insulta familias de pessoas presentes no local, gerando confusão e ambiente de tasca, no qual se sente em casa. Faz de uma parte da República (que eu saiba a Madeira é autónoma mas não independente) o seu quintal. Corrupcão e enriquecimentos duvidosos fazem parte da administracão. Teias de favores e abusos dos dinheiros públicos de tão óbvios já se tornam macadores. E o que faz o povo madeirense? Aplaude.
O que faz o líder do PSD? Encolhe-se.
Sócrates tenta pela primeira vez em 30 anos abanar o sistema, mas parece que nada acorda aquela gente.
O que se percebe. A senhora que trabalhava na casa do Alberto João passou a ter uma estrada nova à porta de casa. Era uma promessa do Padrinho, que fez questão de explicar em tom ternurento enquanto cortava a fita. Por pouco não me sai uma lágrima. Por muito pouco.
Publicamente este atrasado diz que mandou construir uma estrada para pagar um favor à dita. E ninguém faz nada, ninguém diz nada. Destas acho que nem o Chavez se lembra.
Ao mesmo tempo que este carnaval decorre, na capital do país metade dos vereadores municipais estão debaixo de processos judiciais. Santana comecou e Carmona terminou aquilo que foi o pior pesadelo para a cidade. Lisboa congelada entre tuneis inacabados, terrenos cedidos, obras interminaveis e uma vereacão que procura salvar a pele, politicamente falando. M. Mendes, ele próprio no poleiro errado, tenta arranjar um presidente para estes 2 anos de mandato, apenas e só, para evitar a perda da câmara mais importante do país.
Os lisboetas votam num e aparece outro. Depois do governo, eis que a moda chega às autarquias.
Eu sei que todos os países têm problemas. Mas avancam. No meio dos seus problemas avancam.
Pelas notícias fica a eterna sensacão de que os responsaveis (políticos) servem-se do país e das suas instituicões, em vez de o servir. Um presidente de câmara (algures no norte) tem a mulher e filha como assistentes. A filha (psicóloga) foi escolhida por um "júri" em prejuízo de outra candidata com melhores habilitacões e mais experiência. O pai e presidente da autarquia disse que a filha tinha um estágio de 8 meses na área (UAU!!) e que não percebia o espanto, quando situacões idênticas aconteciam em gabinetes de ministros.
Talvez eu esteja enganado, mas da última vez que olhei para o mapa as nossas fronteiras não tocavam no Suriname. Não há limites para os joguinhos de bastidores ou favorecimentos pessoais? Um pessoa pode aspirar a algo trabalhando e sendo honesta? O mérito serve para algo?
Estarei muito focado nas notícias nacionais e por isso escapam-me os demais problemas ou somos nós que estamos mesmo a andar para trás?
2 comentários:
"Talvez eu esteja enganado"
Olhe que não, Tiago, olhe que não!!
Brilhante texto!!!
Desconfio que um dia destes Portugal entrará em saldos, liquidação total pelo preço mais baixo... Nas "fronteiras" encontraremos uma placa bem visível "Vende-se a quem der menos!!!"
Quanto à ilha.. só visto porque contado ninguém acredita!! Mas não é diferente de muitas outras cidades, a diferença está no circo que é mais elaborado!
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