terça-feira, fevereiro 19, 2013

A grande questão é...alguma vez foste a Grândola, jovem revolucionário?


Está na moda interromper discursos com o ”Grândola Vila Morena”. Acho óptimo.
Mostra bom gosto, insatisfação e ainda assim, civismo. Sim, civismo.
Tendo em conta o assalto diário a que os Portugueses estão sujeitos, cantar Zeca Afonso é de um civismo extremo. Passos Coelho e principalmente Miguel Equivalências Relvas, mereciam ser interrompidos com arraiais de facho, como cantava Rui Veloso no seu vintage “Mingos & os Samurais”.
Voltei a ler a notícia sobre a reforma de Assunção Esteves. E outra vez. E mais outra.
Bem sei que não há nada ilegal e a senhora aproveita apenas os benefícios que a Lei reserva à sua classe profissional, mas lamento, é imoral.
Nenhuma classe profissional pode ter direito à reforma depois de 10 anos de serviço. Se consegue presidir à AR, pode perfeitamente continuar no activo. Nada contra os altos salários de um juiz mas as reformas aos 40 anos parecem-me um claro abuso.
Custa-me fazer conversa de Paulo Portas nos tempos da lavoura, mas, não pode um país inteiro estar a ser executado com impostos até à última gota de sangue, a reduzir salários já de si miseráveis, para pagar as elites que legislam em proveito próprio, os politicos que para tudo arranjam regimes de excepção e os bancos que lucram com financiamento publico. É imoral. É roubar durante o dia e sem qualquer vergonha.
Quanto tempo mais ficarão os cabecilhas do BPN a circular em jantares de Estado? Quantos pedidos de recurso vai o Rendeiro usar para fugir ao esquema D.Branca que criou no BPP?  Porque é a Justiça tão irritantemente lenta com quem nos rouba a todos? Ah…já sei, muitos juízes reformados.
Que sentido faz esta pilhagem? Porque continuamos a pagar impostos? Que serviços existem ainda no Estado? Alguém tem uma garantia de reforma?
Não percebo, a sério que não.
Enquanto for o Zeca Afonso a abrir os telejornais, Relvas & Cia. podem estar descansados.   


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