quarta-feira, março 16, 2011

Quero ver o muro do Benjamim


Todas as manhãs é a mesma tourada. "Para onde vou?", penso enquanto mastigo uma fatia de pão confeccionada há mais de 6 meses. E não estou a filosofar. Não procuro o sentido da vida nem conforto interior. O "para onde vou?" significa isso mesmo. Em que aeroporto devo aterrar?
Tenhos uns feriados para gozar e a dúvida levanta-se de imediato. Ficar em casa não é hipótese. Comeco sempre por ver Lisboa. Casa é desse lado.
325 €? Huummm...não é um bom cartão de visita. Olho para a esquerda. Moscovo, 180 €. Quase metade do preco...Tento mais para baixo, lá no canto do Mediterrâneo. Tel Aviv, 250 €. Não está mal. Deve ser uma cidade muito interessante, as praias parecem óptimas e as sombras estão sempre garantidas. Fica a sugestão para Jorge Coelho e camaradas da Mota Engil (meus habituais leitores como sabeis). Larguem lá o osso do orcamento de estado e vão para Israel levantar muros.
Mais para o deserto...Dubai, 330€. Ali ao lado, Abu Dhabi, os mesmo 330 €. Outro continente mas o mesmo preco de Lisboa. Fico na dúvida. Porque é que as ligacões para Lisboa são demoradas e caríssimas? Um mistério para mim.
Então e Baku? Mas quem é que quer ir a Baku, perguntam vocês? "Quem não gostaria de tomar uma banhoca no mar Cáspio e vir de lá com o cabelo a escorrer petróleo?", respondo eu.
"Mas porque é que não estás quieto?", pergunta ela ao telefone. "Porque me aborreco depressa mãe", acrescento eu.
399€ para Baku. Ok, já ultrapassa o orcamento para um fim-de-semana largo.
Tel Aviv parece-me a melhor opcão.
Sigo com a minha pesquisa...o terror de voar. Como é que se pode querer tanto ver mundo e detestar voar? Outro mistério.
Adiante...
Sim senhor. Air Baltic e um teco-teco desenhado por Galileo. Promete.



Ahhh...que se lixe. Hoje não estou com paciência para me aturar.

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