segunda-feira, agosto 04, 2008

Técnicas de cálculo




Passo os olhos pelo Expresso para saber o que se passa desse lado.
Vejo uma fotografia onde pessoas meio-despidas se refrescam numa fonte do Parque das Nacões.
Olho pela janela e vejo um dilúvio inacreditável.
Fecho de imediato o Expresso e contemplo o fim do verão.
Parece que nem comecou, para ser sincero.
Umas semanas de calor entre Maio e Junho e está a festa feita.
Esta falta de Sol afecta-me mais do que alguma vez poderia imaginar. Quem diria que algo a que nunca liguei poderia ser tão decisivo?
O ano passado, mais ou menos por esta altura, no meu regresso de férias deparei-me com igual cenário. Chuva abundante, daquela que até morde. Umas bananeiras em pano de fundo e estaríamos na Costa Rica.
Na altura, a minha reaccão "natural" foi comecar a procurar emprego em Itália. Chega de chuva pensei eu!
A falta de Sol dá a volta ao miolo e favorece atitudes impensadas. Acho que também faz parte do processo de integracão. Olhar todos os dias para o boletim metereológico na expectativa de um dia quente. Um perfeito sueco, diria.
Este ano, já aceito este dilúvio de forma mais ponderada. Repare-se que nem entrei no Google com as palavras mágicas "lavoro in italia". Há portanto um progresso.
Limito-me a olhar para o calendário e contar os dias.
Ora 1, 2, 3, noves fora nada, 10 e 11.
11 míseros dias e também eu estarei debaixo do vosso Sol.
Não quero saber se levam o frango frito, o garrafão de tinto e 4 chapéus de sol para montar um estaminé anti-vento.
Tem que haver um espacinho para mim.
Não é preciso ser muito grande que eu tenho bebido chá verde.
Basta que seja com vista mar e orientacão SOL.

1 comentário:

Sávio Fernandes disse...

No Portinho da Arrábida continua a haver espaço. ;)