Resolvi dar uma vista de olhos na nova série da RTP, os Contemporâneos.
Dar uma vista de olhos é uma maneira de dizer, já que "papei" os dois primeiros episódios.
O que queria agora saber era, resumidamente, quem me vai devolver a hora perdida.
Tudo parece encaixar…situacões com potencial, bons actores e imagino eu, boas condicões de trabalho, além do horário nobre.
Mas a verdade é que, pelo menos para mim, o riso foi uma chama inexistente.
Talvez seja humor séc.XXI ou até XXII, mas chegou a meter pena ver consagrados como M. Rueff ou N. Lopes arrastarem-se em sketches continuamente sem piada.
Percebo que ficar com o lugar/horário dos gato fedorento e tentar a mesma audiência é praticamente impossível, mas estes dois primeiros episódios marcam uma tentativa de criar um "novo humor" tão original, tão original, tão diferente, que só por mera coincidência se pode apelidar de humor.
Epá…não tem piada!! Nenhuma!!
Sim senhor, regra geral as audiências em Portugal não significam qualidade. Lembremo-nos do Camilo, Malucos do Riso e Big Show Sic. Fica a apresentacão dos gostos feita, mas sinceramente, reconhecendo o devido valor de quem interpreta, sobra a crítica para quem escreve.
Nuno Markl não escreve nada com piada para televisão há anos (não digo desde sempre porque acho que ele fazia parte dos argumentistas da Herman Enciclopédia).
Nada contra o dito. Gostava de o ouvir nos tempos da Comercial com o Homem Que Mordeu o Cão e não raras vezes gosto de ouvir o que tem para dizer.
Mas a escrever textos para televisão, convenhamos, tem andado um pouco desinspirado.
Não sei quem mais escreve no programa, mas também não está a ajudar.
Uma dica: se vão manter o estilo na escrita, por favor encurtem os sketches. Rápido e indolor.
6 comentários:
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Eu gosto muito! Não digo que as cenas são todas muito boas mas há algumas que são geniais!!
Desta vez, acho que foi a primeira, não concordo contigo!
Tiago... Não é só a falta de piada, é a falta de originalidade!
Imitar o estilo de humor do Ricky Gervais (a piada das situações "incómodas") não só revela que não há miolos para criar algo de novo, como também revela que nem sequer a imitar se safam...
Aquelas do elevador não são cópia do Ricky Gervais, é um facto. São cópia de uns italianos sem ponta de piada que tinham sketches iguais na Fox Life (já desapareceram, felizmente).
Tenho saudades do Tal Canal :\
Vi os Contemporâneos parcialmente no passado domingo, e partilho da tua opinião. Não consegui encontrar piada alguma aos sketches. Fazer rir não é para todos, e nitidamente estes rapazes ainda não vão longe.
Eu também vou discordar. Não cheguei às lágrimas a ver os episódios mas esbocei alguns sorrisos. No 1º episódio, quando chegou o fim, concluí que tinha gostado muito do final (aquele da apresentação dos actores) e tinha gostado muitíssimo de rever o Nuno Lopes.
No 2º episódio consegui esboçar mais alguns sorrisos com as ideias de alguns sketches. A autobetoneira pareceu-me uma ideia genial embora todos os finais tenham ficado muito a desejar.
Não me parece mal. Não me identifico muito com a escrita do Markl mas gosto da do Bruno Nogueira. Já não acho grande piada à Maria Rueff mas adoro o Nuno Lopes... Enfim, para ser sincera, acho que não está mal e o problema é quererem sempre comparar estes programas a outra coisa qualquer...
Podem até dar-me na cabeça depois da afirmação que vou fazer a seguir mas digo na mesma: eu também não achava piada à maior parte dos sketches dos gatos mas alguns levavam-me às lágrimas e era o que bastava. E não gostava dos outros actores mas o RAP compensava os restantes.
E pronto... Acho que já me estiquei demais :P
Inês,
a minha opinião é quase a mesma...
Os gatos valem essencialmente pelo RAP, gosto do Bruno Nogueira e do N. Lopes (acho mesmo que este último é o que tem os melhores desempenhos).
Nem se trata de comparar com os Gatos (também li esse texto sobre o público no blog do B. Nogueira).
Eu acho que há espaco para todos e não há qualquer problema de passar nos canais nacionais, mais do que uma série de humor com qualidade ao mesmo tempo. Era bom que assim fosse. Já basta de tristezas!
Mais do que comparar, a questão para mim é, se têm piada ou não.
Os gatos tinham piada (nem sempre, mas havia sempre aquele toque do RAP...) e os Contemporâneos, salvo raros (segundos) excepcões, não têm.
Pelo menos por enquanto :)
E na minha opinião, claro!
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