Há 11 anos atrás, um ficheiro excel com o título "orcamento" tinha na linha "total" o valor de 165 M de euro. Já era um valor que arrepiava.
Para que é que estou a dizer isto? Sei lá eu quantas notas de conto dão 165 Milhões de euro.
De qualquer forma, era para cima de 200 contos de certeza.
Água fora e água dentro, a obra terminou e parece que o ministro já deu uma voltinha.
A derrapagem - tenho que fazer aqui uma pausa para sugerir
à malta das obras que adicione uma coluna no excel que enviam para o ministério com o título "derrapagem". É tão clássico e tão galinha dos ovos de ouro que me parece justa a sua inclusão no orcamento inicial - levou a construcão deste pedaco da linha azul para uns valentes 299 Milhões de euro. Mais de 400 contos parece-me.
Ainda assim o pormenor do 299 cheira-me a esturro.
Eu acho que foram 300 mas por vergonha colocaram um 299 à "la Lidl".
Vamos deixar o dinheiro de lado.
Como diz o Mário Soares, o que o país precisa é de ideias, o dinheiro logo aparece.
Tal e qual Marocas.
Depois de 11 anos a partir pedra, ainda assim, não tiveram tempo de fazer uma vistoria em condicões. Falta de tempo. Há que cumprir prazos. Entende-se.
Pelo menos é o que diz o chefe dos bombeiros. A seguranca não está garantida.
Mas esta malta dos bombeiros quer é aparecer nas notícias.
Certo.
Deixa lá ver se entendo: 11 anos para fazer duas estacões de metro, o dobro do orcamento e dúvidas na seguranca ?
Três perguntas:
1 - Quantas casas novas comprou o presidente da Teixeira Duarte?
2 - O passe do metro traz barbatanas?
3 - Quanto tempo vai demorar o P. Portas a dizer que com os 134 M da derrapagem o estado poderia comprar uma placa nova e dois penicos de cerâmica para cada velho do país?
Que saudades do meu cantinho.
Ainda bem que é natal.
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