quinta-feira, maio 31, 2007

Os índios

Porque é que fazer greve não altera nada?
Porque é que gritar bem alto "já chega!!" não serve de aviso?
Porque é que ter esperanca no nosso desenvolvimento é uma utopia?
Porque nós somos um país corrupto, de mentalidades fechadas e sem a MÍNIMA nocão do que é a justica, solidariedade social e respeito pelo próximo.
Não passamos de um conjunto de chicos-espertos onde cada um se tenta safar sem olhar para o lado, onde os detentores de cargos públicos com poder de decisão se limitam a alimentar uma rede de interesses, favores e enriquecimentos ilícitos.
Rui Rio, presidente da CMP acusa uma junta de freguesia do PS (Aldoar) de gestão danosa e faz queixa ao DIAP (no Público de hoje).
O que faz o PS local?
Nega as acusacões? Rebate os argumentos? Apresenta provas?
Não.
O PS local diz que se Rui Rio quer acusar a junta socialista, então também deve acusar algumas juntas "laranja" onde o dinheiros públicos vão parar a contas pessoais ou onde as dívidas se acumulam.
O PS não nega a sua desonestidade. Rebate apenas com a desonestidade do próximo.
Quando se imagina que por cada caso conhecido devem existir 100 esquemas encobertos, dá mesmo vontade de perguntar:
Acreditar em quem?
Como?
O nosso país é gerido de norte a sul como se de uma manta de retalhos de tratasse.
A corrupcão é de tal ordem que só um "reset" nos traria uma segunda oportunidade.
Ora vamos lá entao...
Todos para lá de Badajoz aprender durante 20 anos a deixar as mãos longe dos bolsos. Durante esse tempo deixamos o país a soldo da classe política e das empresas públicas.
Sem populacão pagante não há impostos para roubar e mais cedo ou mais tarde saiem dos cargos.
Umas décadas depois, já com outra mentalidade, o povo regressa a uma terra sem lei e comeca a construir uma nova sociedade.
Governantes governam, professores ensinam, alunos aprendem, jornalistas relatam, juizes aplicam leis e por aí fora. Cada um com o seu papel na sociedade. Cria-se uma nova classe devidamente sindicalizada a que se dá o nome, por exemplo, de "ladrões". Inserem-se nesta classe todos os indivíduos que não queiram respeitar as leis da "nova sociedade" e que tentem viver à margem dela. Criam-se resorts no Linhó para residência permanente e oferecem-se empregos na construccão da ferrovia Lisboa - Pequim.
1, 2, 3...diga lá outra vez.

5 comentários:

Sandrinha disse...

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:o(

snowgaze disse...

Até que nem é má ideia. Mas a inércia é muita.

Inês disse...

hum... Parece-me uma ideia razoável... Pouco viável, mas capaz de resultar :P
Adorei a versão dos Índios da Meia Praia... Mas o que é aquele sotaque ao início?? Por favor...

Margarida disse...

É com profunda tristeza que concordo plenamente contigo...
Faça-se reset!!!

Anónimo disse...

Inês,
a rapariga estava a cantar na Galiza...já se sabe como nos foge o pé p o chinelo mal passamos a fronteira :)