sexta-feira, março 02, 2007
O regresso
Nota prévia: Se há altura em que não me dou ao trabalho de fazer copy/paste de cedilha é quando escrevo sobre este moco(com ou sem cedilha)...
Comeco por dizer que não gosto do Paulinho.
Não é que o conheca. Talvez até seja um bom rapaz. Quem sabe até se, por baixo daquele aspecto de vocês-sabem-o-quê-não-assumido, não está um camarada simpático que paga um copo ao irmão enquanto discutem Tolstoi. Pode ser. Quem sabe.
Enquanto político, o Paulinho encerra tudo o que a "profissão" tem de odioso. Calcula cada passo. Faz da demagogia lei. Não defende qualquer ideal que não seja em proveito próprio.
Nada de novo na sua declaracão. Nada de novo no estilo. Ele é o mesmo.
Deve ser triste a vida de militante centrista. Votar num partido que é refém de uma pessoa. Resume-se a isso. Portas não defende os ideais democrata-cristãos. Portas usa o único espaco que consegue para atingir os seus fins políticos que como se sabe ultrapassam em muito qualquer meta centrista.
Depois da passagem pela JSD e de alguns textos em jornais menores, vieram os anos de ouro no Independente. Manipulou a política através do escândalo nas primeiras páginas. Conservador de primeira, gritava "Europa Não" e ofuscava com a identidade da nacão. "Criou" Monteiro e o partido do táxi para levarem a "palavra do senhor" e mais tarde, já sem utilidade política, deixou-o cair para emergir como novo líder. Depois de muitos beijos em peixeiras, conseguiu entalar o cherne que teve que gramar com este empecilho no ministério da defesa. Nessa altura, a bem da coligacão a Europa já não era um bicho-papão e Paulinho assumiu uma nova pele. Os ideais não abanaram, afinal, também nunca existiram. Com a maioria absoluta do PS resolveu iniciar uma travessia no deserto, que no caso dele, foi sol de pouca dura. Até aí se vê o asco da personagem. Um gajo decente e que realmente acha que falhou, muda de vida. Vai para comissário dos refugiados, vai para a linha da frente no Afeganistão. Não interessa. Mostra coragem política e assume os seus erros.
Paulinho não errou. Pelo menos na visão dele.
Paulinho nunca saiu. O congresso que aclamou Ribeiro e Castro não estava previsto. Telmo Correia era o mono que devia ir ao leme enquanto o "Obi-Wan" passeava no deserto.
As contas sairam trocadas e as bases votaram num gajo que se baba enquanto fala. É uma característica de lideranca mais do que suficiente por aqueles lados.
O que faz Paulinho? Usa todos os seus testa-de-ferro para minar o partido durante 2 anos. Destrói tudo para aparecer como D. Sebastião. Os resultados do partido e a sua estabilidade nunca o preocuparam. Apenas condicões para o regresso entraram na equacão.
O CDS-PP, apesar do vazio de ideias assustador, ainda tem um numero considerável de votantes. Será que não topam o esquema do Paulinho? Porque prestam esta vassalagem a um gajo que usa o partido em benefício próprio?
No entanto este regresso traz uma vantagem. Inspiracão para os "Gatos".
O próximo episódio do "Diz que é uma espécie de magazine" servirá de consolo para este flagelo.
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1 comentário:
inadjectivável! amei!!!
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