terça-feira, setembro 19, 2006
Ayatollah, diz-me cá...
Depois de ler isto, gostaria de dizer o seguinte:
Há uns meses atrás, um desgraçado qualquer resolveu caricaturar o Maomé. Turbantes, bombas e umas pinceladas de cor e parou tudo.
Aqui "del' Rei", protestos por todo o lado, bandeiras dinamarquesas queimadas, ameças de atentados, jihad, guerra santa, blá,blá...entretanto passou.
Agora o papa, sobre quem recai o dogma da verdade absoluta (inventam com cada uma...), leu a uns estudantes universitários um discurso mediaval (é importante que se note: Medieval) onde alguém dizia que o Maomé trazia coisas más e tentava passar as palavras pela força da espada. É um discurso medieval e pouco importa saber o contexto em que foi dito. A liberdade de expressão significa falar ou opinar, sobre todo e qualquer assunto (sim, todo e qualquer inclui o Maomé, está bem Ayatollah?). Mas o que é que acontece? Toca de vir para a rua queimar mais umas bandeiras (da Alemanha no caso), proclamar "a gota de água" para a guerra santa e misturar cartoons e baboseiras que o papa diz, com assuntos realmente sérios como a invasão do Iraque ou do Afeganistão.
Tudo serve de desculpa para virem para a rua gritar, dar tiros, fazer fogo e armar confusão. Seja um desenho, uma leitura de algo escrito há séculos ou qualquer referência que não agrade ao profeta. Existem razões de queixa, existem povos oprimidos, existem ocupações ilegais, existem interesses sujos, existem jogos políticos e existem inocentes a morrer.
Agora, meter tudo isso no saco da Jihad, sempre que alguém fala do Maomé...tem lá paciência ó Ayatollah!!
Vocês não fazem nada da vida pá? Não se levantam cedo para ir trabalhar? Vão sempre com as roupas a cheirar a fumo? Cada um dos fiéis tem um "set" de bandeiras com um exemplar de cada país europeu e 100 dos EUA (têm mais saída...) para queimar mal alguém diga que o Maomé cheirava mal dos pés?
Não há paciência....com tantos problemas graves que afectam os povos do médio oriente, parecem mais preocupados com o "acessório" do que com o "real".
Ayatollah...tem lá juízo e diz a essa malta que pare com as churrascadas na via pública. O fumo entra nos cobertores que tens sempre nas costas e depois dá mau aspecto, ires trabalhar com aquele cheiro a chamusca.
Não queres que o teu patrão pense que andas na sardinhada durante o almoço, ou queres?
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1 comentário:
"mal alguém diga que o Maomé cheirava mal dos pés?"
Tiago, tens cada uma, mas uma vez mais concordo contigo, um abraco, Nico.
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