quarta-feira, março 23, 2011

23/3/2009 + 2

Há já algum tempo que parei com toda e qualquer referência ao meu filho neste espaco onde tenho o hábito de pensar em voz alta. Desde que me lembro de ser gente que uso a escrita como escape de emocões. Felicidade ou tristeza, pouco importa, só consigo verdadeiramente explicar um estado de alma se o fizer na forma escrita. E faco-o sozinho. Sempre. Na privacidade de um teclado. Mas raramente sei quem lê e o que interpreta, pelo que achei melhor ser o Diogo a decidir, a seu tempo, que tipo de exposicão está ou não interessado em ter.
Hoje abro uma excepcão porque há dias e dias que as palavras me assaltam o pensamento.
O Diogo faz 2 anos, hoje. Para ele é apenas mais um dia, para mim não.
Ainda tenho alguma dificuldade em perceber o que aconteceu, o que mudou e para onde caminhamos e dois anos já passaram. Se ele conseguisse perceber o que tenho para lhe dizer, tudo se resumiria a um simples obrigado.
Por ser um miudo irresistivelmente simpático, bem disposto e simples. Com um pouco de atencão e dois carros da matchbox é possível trazer-lhe toda a felicidade do mundo. Aliás...eu espero sinceramente que o Diogo não perceba a diferenca entre o dia de aniversário e outro dia normal porque isso, entre outras coisas, significa que ele é alvo de atencão, carinho e brincadeiras todos os dias.
O Diogo não foi um bebé que apareceu por acaso, por acidente ou por contas mal feitas. Foi desejado por mim muito antes de me perguntarem "mas estás pronto para ser pai?". E, se tivesse pedido o embrulho por catálogo, não conseguiria melhor resultado.
Este puto de bochechas rosadas que vai ressonando aqui ao meu lado, ainda não o sabe, mas é um sonho tornado realidade. Ensina-me todos os dias que é possível amar alguém um pouco mais. E é disso que se trata. Amor. Profundo, genuíno e desinteressado. Forte, inexplicável e sufocante.
Aprendi nestes dois anos a valorizar o tempo. Conto os minutos para o ver e absorvo cada momento que estamos juntos como se o relógio parasse.
O resto do mundo passou mesmo a ser menos importante. Não é uma escolha, uma opcão ou uma vontade. Foi apenas o eixo central onde tudo parecia rodar que se deslocou um pouco mais.
É um facto que me limito a constatar.
Tenho uma enorme dificuldade em explicar o que é a felicidade. Há quem diga que é uma miragem, há quem a defina como um momento. Quando me interrogo sobre o assunto lembro-me sempre do momento em que abro a porta da creche, um puto qualquer grita "Diooooogo, o teu pai está aqui" e do outro quarto aparece, sorridente e a correr na minha direccão, o meu filho. O que sinto naquele momento, e que jamais conseguirei colocar num texto, é a minha definicão de felicidade.
Por isso, Parabéns Diogo e já agora...obrigado.

5 comentários:

Helena Barreta disse...

Muitos parabéns ao Diogo, a si e a toda a família.

Desejo-vos as maiores felicidades. Passem um dia divertido.

Beijinhos

Anónimo disse...

Muito bonito, Tiago.Parabens ao Diogo, e ao pai tambem.
Ana Paula, Canada

NS disse...

Parabéns Diogo! Parabéns Pai! :)

Cereja disse...

Muitos parabéns! Bochechas rosadas, sempre! :)

Sandrinha disse...

Parabéns Diogo...
E já passaram dois anos a voar desde que nasceste!
Parabéns Tiago, continuas a conseguir emocionar-me sempre que escreves com o coração, essa maneira especial e verdadeira de saber escrever emoções...
Qualquer dia (espero que brevemente!) serei eu a tentar escrever o que é ser mãe, depois trocamos galhardetes!

beijinhos e felicidades aos 3!